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Vários – “Figuras Portuguesas Do Ano – Leões Da Música 1993” (balanço)

pop rock >> quarta-feira, 29.12.1993
FIGURAS PORTUGUESAS DO ANO

Leões Da Música 1993




O troféu Leões da Música é uma iniciativa de um grupo de sócios do Sporting com lugar cativo no Estádio de Alvalade que, graças a este expediente, assistem à borla a todos os concertos que lá ocorrem. Apesar de estarem particularmente gratos a todas as estrelas internacionais que de algum modo financiam a sua equipa ao actuar em Alvalade, evitando os descalabros de tesouraria de outro clube da Segunda Circular, a dita associação decidiu neste ano atribuir o prémio a uma banda portuguesa que também actuou no seu estádio: os Sitiados. Não tanto por lá terem tocado no Portugal ao Vivo, mas em virtude de lançarem uma canção, incluída no seu último álbum “E Agora…”, em que asseguram aquilo de que mesmo os sócios leoninos mais entusiastas já começam a duvidar. Dizem eles que o Sporting vai ser campeão…

Iniciação Sexual 1993




Falando ainda no Portugal ao Vivo, importa desmentir os boatos vindos a público de que uma parte significativa da comitiva da Secretaria de Estado da Juventude que presenciou aquele evento teria riscado os Xutos & Pontapés da enorme lista das bandas que, em 1994, merecerão apoio governamental. O chamado “incidente sexual” ocorrido durante a prestação do tema “Sexo”, quando os Xutos chamaram ao palco um trio de “strippers” que fez questão em despir as roupinhas até às partes mais íntimas, foi, de facto, aplaudido de pé pelas individualidades que a testemunharam e que, segundo fontes fidedignas, terão mesmo adiantado que, agora, finalmente, têm uma boa razão para acompanhar os filhos aos concertos de rock português. Claro que a criação do galardão Iniciação Sexual por parte da revista “Rezar” não tem nada a ver com estas motivações.

Caves Aliança 1993




Desde o ano passado, surgiram bandas portuguesas a cantar em inglês que de novo se fala em conflitos de geração entre os músicos da nossa praça. Para que não acabe tudo à estalada, uma conhecida associação de pais do rock português criou um prémio especial para artistas de gerações diferentes que sejam capazes de se sentar a uma mesma mesa a comer um cozido à portuguesa ou mesmo um arroz à valenciana. O troféu, atribuído este ano pela primeira vez, vai parar às mãos de José Cid e Paulo Bragança, em virtude das afirmações proferidas pelo segundo a este jornal. Apesar de ter dito, sobre o primeiro, que se tratava de uma “burra velha” reconheceu também que, para o outro, era o filho que ele nunca tinha tido. O que não faz dele, necessariamente, um burro novo, mas é uma manifesta prova de ternura intergeracional.

Bacalhau 1993




“Bacalhau”, por extenso “Quero cheirar teu bacalhau”, é o nome de um galardão especialmente atribuído a artistas portugueses pelo grémio de estudiosos que se debruçam sobre os efeitos sociais e antropológicos do maior êxito de Quim Barreiros. O troféu, que em anos anteriores foi sempre secretamente confiado, na medida em que as distinções resultavam de episódios decorridos à meia luz no canto de bastidores, por trás de colunas de som, no banco traseiro de “limousines” ou simplesmente em Monsanto, é neste ano pela primeira vez objecto de grande divulgação pública. O feliz premiado é Vítor Gomes, “rocker” lendário da década de 60, que confiou a este diário um inesquecível episódio ocorrido no seu actual regresso aos palcos. Uma senhora da assistência, não conseguindo mais conter-se perante o “charme” amadurecido do ídolo, terá coberto o artista ajoelhado com a sua saia, deixando-o no escuro de microfone na mão e não sabendo o que fazer a seguir.

Boas Maneiras 1993




É um prémio da responsabilidade de um grupo de psiquiatras cristãos anónimos mas muito atentos a estas coisas da juventude e do rock. Preocupados, na sua costela cristã, com a imoralidade infecciosa que alastra entre os lusitanos sub-21, desde as bancadas dos estádios às manifestações estudantis (todos domindados pelo hino “P’ro C…”), mas compreendendo, pelo lado da sua costela psiquiátrica, a necessidade de os jovens exprimirem as suas ambições, ou seja, praguejarem, o núcleo em questão decidiu neste ano laurear uma banda estreante. Trata-se dos Lulu Blind, cujo álbum de estreia “Dread”, lançado há pouco mais de um mês, é por certo o disco que inclui o maior rol de palavrões de toda a história do rock nacional. Mas, aí está, as bujardas dos Lulu são proferidas em inglês – o que instantaneamente transforma o ordinário em “chic” -, ainda por cima sob um mar de distorção e ruído, o que contribui ainda mais para que o eventual conteúdo ofensivo se dilua. Uma aliança perfeita, portanto, entre a catarse juvenil e a boa educação.

Embaixatriz 1993




Todos os anos, um núcleo de verdadeiros lusitanistas, que por uma questão de perspectiva preferem viver no estrangeiro, elege o seu embaixador cultural. O prémio vai para artistas nacionais que apesar da resistência das multinacionais do disco e da indiferença das entidades giovernamentais, arriscam por conta própria manter vivo o bom nome de Portugal além-fronteiras. O troféu vai neste caso para Eugénia Melo e Castro, que, depois de Roberto Leal e do desaparecido Dino Meira, assumiu a sempre difícil e algo ingrata tarefa de propagar a arte de ser português no Brasil, sobretudo agora que as relações entre os dois países estão manchadas pelo acidente dos e outras manifestações de xenofobia nacional. Geninha chegou ao extremo da abnegação de lançar o álbum “Lisboa dentro de Mim – O Sentimento de Um Ocidental” primeiro no Brasil, e vejam a retribuição: apesar do monte de recortes elogiosos na imprensa de São Paulo e de outras cidades brasileiras, ainda houve jornalistas portugueses que tiveram o desplante de desfazer no disco e, por sinal, nas qualidades vocais da artista.

Vários ( Sitiados + Xutos & Pontapés + José Cid + Paulo Bragança + Vítor Gomes + Lulu Blind + Eugénia Melo e Castro) – “Figuras Portuguesas Do Ano – Leões Da Música 1993” (balanço 1993 | portugueses | listas | os melhores de 1993)

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FIGURAS PORTUGUESAS DO ANO

Leões Da Música 1993



O troféu Leões da Música é uma iniciativa de um grupo de sócios do Sporting com lugar cativo no Estádio de Alvalade que, graças a este expediente, assistem à borla a todos os concertos que lá ocorrem. Apesar de estarem particularmente gratos a todas as estrelas internacionais que de algum modo financiam a sua equipa ao actuar em Alvalade, evitando os descalabros de tesouraria de outro clube da Segunda Circular, a dita associação decidiu neste ano atribuir o prémio a uma banda portuguesa que também actuou no seu estádio: os Sitiados. Não tanto por lá terem tocado no Portugal ao Vivo, mas em virtude de lançarem uma canção, incluída no seu último álbum “E Agora…”, em que asseguram aquilo de que mesmo os sócios leoninos mais entusiastas já começam a duvidar. Dizem eles que o Sporting vai ser campeão…

Iniciação Sexual 1993
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Falando ainda no Portugal ao Vivo, importa desmentir os boatos vindos a público de que uma parte significativa da comitiva da Secretaria de Estado da Juventude que presenciou aquele evento teria riscado os Xutos & Pontapés da enorme lista das bandas que, em 1994, merecerão apoio governamental. O chamado “incidente sexual” ocorrido durante a prestação do tema “Sexo”, quando os Xutos chamaram ao palco um trio de “strippers” que fez questão em despir as roupinhas até às partes mais íntimas, foi, de facto, aplaudido de pé pelas individualidades que a testemunharam e que, segundo fontes fidedignas, terão mesmo adiantado que, agora, finalmente, têm uma boa razão para acompanhar os filhos aos concertos de rock português. Claro que a criação do galardão Iniciação Sexual por parte da revista “Rezar” não tem nada a ver com estas motivações.

Caves Aliança 1993



Desde o ano passado, surgiram bandas portuguesas a cantar em inglês que de novo se fala em conflitos de geração entre os músicos da nossa praça. Para que não acabe tudo à estalada, uma conhecida associação de pais do rock português criou um prémio especial para artistas de gerações diferentes que sejam capazes de se sentar a uma mesma mesa a comer um cozido à portuguesa ou mesmo um arroz à valenciana. O troféu, atribuído este ano pela primeira vez, vai parar às mãos de José Cid e Paulo Bragança, em virtude das afirmações proferidas pelo segundo a este jornal. Apesar de ter dito, sobre o primeiro, que se tratava de uma “burra velha” reconheceu também que, para o outro, era o filho que ele nunca tinha tido. O que não faz dele, necessariamente, um burro novo, mas é uma manifesta prova de ternura intergeracional.

Bacalhau 1993



“Bacalhau”, por extenso “Quero cheirar teu bacalhau”, é o nome de um galardão especialmente atribuído a artistas portugueses pelo grémio de estudiosos que se debruçam sobre os efeitos sociais e antropológicos do maior êxito de Quim Barreiros. O troféu, que em anos anteriores foi sempre secretamente confiado, na medida em que as distinções resultavam de episódios decorridos à meia luz no canto de bastidores, por trás de colunas de som, no banco traseiro de “limousines” ou simplesmente em Monsanto, é neste ano pela primeira vez objecto de grande divulgação pública. O feliz premiado é Vítor Gomes, “rocker” lendário da década de 60, que confiou a este diário um inesquecível episódio ocorrido no seu actual regresso aos palcos. Uma senhora da assistência, não conseguindo mais conter-se perante o “charme” amadurecido do ídolo, terá coberto o artista ajoelhado com a sua saia, deixando-o no escuro de microfone na mão e não sabendo o que fazer a seguir.

Boas Maneiras 1993



É um prémio da responsabilidade de um grupo de psiquiatras cristãos anónimos mas muito atentos a estas coisas da juventude e do rock. Preocupados, na sua costela cristã, com a imoralidade infecciosa que alastra entre os lusitanos sub-21, desde as bancadas dos estádios às manifestações estudantis (todos domindados pelo hino “P’ro C…”), mas compreendendo, pelo lado da sua costela psiquiátrica, a necessidade de os jovens exprimirem as suas ambições, ou seja, praguejarem, o núcleo em questão decidiu neste ano laurear uma banda estreante. Trata-se dos Lulu Blind, cujo álbum de estreia “Dread”, lançado há pouco mais de um mês, é por certo o disco que inclui o maior rol de palavrões de toda a história do rock nacional. Mas, aí está, as bujardas dos Lulu são proferidas em inglês – o que instantaneamente transforma o ordinário em “chic” -, ainda por cima sob um mar de distorção e ruído, o que contribui ainda mais para que o eventual conteúdo ofensivo se dilua. Uma aliança perfeita, portanto, entre a catarse juvenil e a boa educação.

Embaixatriz 1993



Todos os anos, um núcleo de verdadeiros lusitanistas, que por uma questão de perspectiva preferem viver no estrangeiro, elege o seu embaixador cultural. O prémio vai para artistas nacionais que apesar da resistência das multinacionais do disco e da indiferença das entidades giovernamentais, arriscam por conta própria manter vivo o bom nome de Portugal além-fronteiras. O troféu vai neste caso para Eugénia Melo e Castro, que, depois de Roberto Leal e do desaparecido Dino Meira, assumiu a sempre difícil e algo ingrata tarefa de propagar a arte de ser português no Brasil, sobretudo agora que as relações entre os dois países estão manchadas pelo acidente dos e outras manifestações de xenofobia nacional. Geninha chegou ao extremo da abnegação de lançar o álbum “Lisboa dentro de Mim – O Sentimento de Um Ocidental” primeiro no Brasil, e vejam a retribuição: apesar do monte de recortes elogiosos na imprensa de São Paulo e de outras cidades brasileiras, ainda houve jornalistas portugueses que tiveram o desplante de desfazer no disco e, por sinal, nas qualidades vocais da artista.

Paulo Bragança, no CCB: “Quando vejo o abismo sou o primeiro a saltar” – Entrevista –

24.10.1997
Paulo Bragança, no CCB
“Quando vejo o abismo sou o primeiro a saltar”
O rosto lívido. Um espectro. A capa de Coimbra, levantada sobre o pescoço, sugere o vampiro, o sugador de sangue. O ambiente é gótico, arrepiante. O novo fado de Paulo Bragança, que amanhã se apresentará no Grande Auditório do CCB, atrai pelo lado obscuro. O “Fado falado”, de Villaret, fala agora do problema da heroína. No final, o fadista sai de si mesmo, numa busca ávida de luz.

FM – Como vai ser a estrutura do espectáculo?
Paulo Bragança – É quase uma peça de teatro. Há um personagem que está em conflito consigo próprio e que vai, à medida de cada tema, pensando se fica nas raízes do fado ou se as subverte. O começo vai ser com fado puro, embora com algumas dissidências em termos verbais e musicais. Depois surgem momentos de conflito. No “Fado do Herói” já há, quase, um aviso à nação. A seguir é o “Adeus”. “Adeus pátria linda, adeus querido lar, adeus Tejo amado até eu voltar…”, aí o personagem já está numa galera, seguindo-se um processo interior, com nova quebra e dois temas intimistas, “Pecado I” e “Pecado II”, até se chegar a uma transnacionalidade, uma “transfusogressão” (fui eu que inventei a palavra), onde surgem temas que não são portugueses nem sequer são cantados em língua portuguesa. Dois temas na língua “roman”, dos romenos, uma língua cigana. É a procura do singular no universal, sem perder as raízes. Até se chegar ao último tema que se chama “Névoa”, onde se diz que “há sempre entre mim e o mundo uma névoa que às vezes me ataca e me faz refém de uma solidão tão fria que não me dá trégua, guardador de um cofre onde não há vintém”. As palavras são do Carlos Maria Trindade com música minha. É já um novo ser, que não opina, não julga, é só um “voyeur” que observa tudo de cima. O corpo não existe, só existe um ser pensante. Quas euma diáspora kafkiana.
FM – Falou há pouco de uma “viagem” à Roménia. É impossível não pensar na célebre personagem do Conde Drácula que assombra a sua apresentação…
Paulo Bragança – Na origem, não foi propositado. Essa ligação fez-se recentemente. É a ligação ao sangue. Depois, a música cigana é tão fado como o nosso Fado. Desde miúdo, quando era “teenager”, que comecei a estudar romeno sozinho, de modo a conhecer melhor alguns dos poetas deles. Mas não é o terror que me assusta, vejo o terror apenas como um aspecto fantástico, como a ficção científica.
FM – O seu espectáculo centra-se no lado mais sombrio do fado…
Paulo Bragança – Se reparar, a capa de Coimbra tem a ver com isso. Por acaso a capa que uso agora é mais vampiresca… Uma capa, quando existe, é para guardar qualquer coisa escondida, é um mistério. O estudante de Coimbra também transporta em si algum desse vampirismo. Ou devia…
FM – Que tipo de envolvimento com o público procura criar?
Paulo Bragança – De um modo geral as pessoas ficam desconcertadas. Pela positiva. Não se sentem assustadas mas, talvez, intimidadas. Embora houvesse quem sentisse realmente medo e se agarrasse à cadeira… Porque o medo também suscita fascínio.
FM – Eo Paulo Bragança, não se auto-sugestiona com a personagem que criou?
Paulo Bragança – Quando vejo o abismo sou o primeiro a saltar. Não tenho medo. Mas tenho respeito pelo medo.
FM – Prseumo que, cada vez mais, a sua relação com os puristas do fado é conflituosa?
Paulo Bragança – Eles, à minha frente, nunca me negam. Dão uma no cravo e outra na ferradura. Eu até percebo a posição deles. Mas isto não é nada contra eles, mas sim contra a estagnação do fado. Enquanto que eles, por vezes, me atingem directamente, eu não os procuro atingir a eles. O que procuro atingir é a consciência colectiva nacional.
FM – Que tipo de som se poderá escutar amanhã no CCB?
Paulo Bragança – Um som estranho. Com um compromisso entre a ciência e um lado acústico. Guitarras portuguesas lada a lado com “samplers” e tecnologia MIDI.
FM – De que modo é explorada a tal teatralidade que há pouco referiu?
Paulo Bragança – Por exemplo, abro com o “Fado Falado”, onde reverti o texto, pegando nele como símbolo do teatro e transformando-o num monólogo, com uma nova interpretação sonora e textual, bastante dissidente. Por isso lhe chamei “Fado Falado Mudado”. Aproveito para falar do problema da heroína. É um texto bastante duro, em que chamo as cosias pelos nomes, numa história que de facto se passou na Meia-Laranja. Em termos formais, ouvi uitas vezes o original do Villaret. A minha versão é codificada ao milímetro, sílaba por sílaba, metricamente igual.
FM – Qual é a sua atitude perante o problema da toxicodependência?
Paulo Bragança – Não estou a julgar ninguém mas a constatar uma realidade. Algo de grave que se está a passar no país. Ninguém diz que o rei vai nu. Não hánenhuma família portuguesa, hoje em dia, que não tenha essa mácula, seja por um filho ou por um primo. E também verifico que a polícia só apanha cocaína e haxixe. Heroína nunca se apanha. Chega-se a uma ladeia, como eu já cheguei – e isto é o que me dizem porque eu não preciso nada dessas merdas – a uma ladeia de Trás-Os -Montes, seja onde fôr, no local mais recôndito, queres um charro, não há. Ou se houver, custa dez contos a grama. Cocaína pode custar 25 contos uma grama. E a heroína custa mil escudos e há a toda a hora. 24 horas por dia, nas barbas da polícia, em todo o lado. O Casal Ventoso é uma imagem pálida do que se está a passar no resto do país. E o mais grave é que a heroína é gerida por questões de Estado, por alguém… Por isso é que eu canto uma parte que diz “mãos de sangue na seringa que rasgada a veia pinga, mãos de Estado maquilhado, mãos de serra e queima a terra, mãos bem vendidas, muito finas, mãos vendadas a arrecadar, não há paixão, crime ou morte onde há um filão a correr forte”… É uma situação que me incomoda. Repito: é preciso dizer que o rei vai nu.
FM – Uma forma velada de manter os jovens sob controle?
Paulo Bragança – É uma forma de adormecer as pessoas. E não sõa só os mais novos. As velhas, neste país, andam todas drunfadas, porque o que se vende mais no país são drunfes e é o que tem desconto da Assistência Social. Não há uma velhinha que não tenha um drunfe em cas, um Xanax, um Valium, um ansiolítico qualquer. Depois, os putos têm heroína. Putos de 16 anos, que eu conhecço, que picam, nem sequer fumam, picam! Interessa a alguém, de facto, que o povo ande acalmado. Dêem heroína ao pessoal, para se tornarem nuns energúmenos que não chateiam!…