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Vários – “Encomium – A Tribute to Led Zeppelin”

Pop Rock

19 de Abril de 1995
álbuns poprock

Vários artistas
Encomium – A Tribute to Led Zeppelin

ATLANTIC, DISTRI. WARNER MUSIC


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Ale dos álbuns de versões, outra das formas de gravação actuais mais originais são os discos de homenagem. Como é que alguém teve a ideia brilhante de pegar nas canções dos dinossauros do “hard rock”? Transformar “Fool in the rain” em música “tijuana”, pelos Mana, ouvir as 4 Non Blondes fazerem um réplica vocal extremamente realista de “Misty mountain hop” ou aprender a gostar de uma banda como os Hootie & The Blowfish, assim uma espécie de Mungo Jerry F. M., só enobrece os autores dos épicos “Whole lotta love” e “Moby Dick”. Sheryl Crow, outro nome, nada, mas mesmo nada, nas bocas do “business”, perdão, do público, faz um “D’yer mak’er” com verniz “reggae” que soa como a coisa mais banal, perdão, bestial, para consumo dos surdos. Não fosse a atitude realmente criativa posta no assunto pelos Stone Temple Pilots, em “Dancing days”, o estudo mimético dos Blind Melon, em “Out on the tiles”, a graça dos Big Head Todd and the Monsters e dos Cracker, respectivamente em “Tangerine” e “Good times bad times”, e o sarcasmo ácido da banda de Henry Rollins, em “Four sticks”, este “Encomium” seria um projecto para esquecer. Ah, sim, no tema final, “Down by the seaside”, Robert Plant, um dos genuínos Zeppelin, faz dueto com Tori Amos, estilo Whitney Houston com Willie Nelson, ou Cândida Branca-Flor com Placido Domingos. Vejam lá se não há gente com olhinhos! (4)



Led Zeppelin – BBC Sessions

02.01.1998
Led Zeppelin
BBC Sessions (7)
2xCD Warner Bros., distri. Warner Music

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Na passagem da década de 60 para a seguinte, surgiu nos dois lados do Atlântico uma música poderosa que contrariava os padrões pop então vigentes. Era o “hard rock”, movimento que viria a dar origem ao “heavy metal”. Os Led Zeppelin, desde sempre um dos grupos mais representativos do movimento – como os Ten Years After, ou os menos conhecidos Aynsley Dunbar Retaliation e Wishbone Ash -, alicerçaram a sua música na fortaleza dos “blues”, ao contrário de outras bandas “hard”, como os Black Sabbath, Uriah Heep e Deep Purple, que preferiram colocar a sua violência ao serviço do progressivo e do rock sinfónico. Em 1969, ano em que a banda de Jimmy Page, John Paul Jones, Robert Plant e John Bonham (já falecido) gravou a totalidade das sessões para a BBC agora reeditadas, os “blues” explodiam nas versões de muitas das canções que se viriam a tornar clássicos na posterior discografia de estúdio dos Zepplein, como “You shook me”, “communication breakdown”, “Dazed and confused”, “Whole lotta love”, “How many more times”, “Immigrant song”, “Black dog” e “Stairway to heaven” (algumas delas aqui repetidas em diferentes ocasiões, o quepermite deste modo verificar a evolução da sonoridade do grupo). Com tempo e espaço para fazer eclodir os seus “riffs”, macerados pela guitarra de Page e pela voz cortante de Page, os Led Zepplein, como os Cream tinham feito antes, mostravam as virtudes da improvisação no rock, tornando esta selecção de pérolas negras uma boa justificação para ouvir de novo a obra completa do grupo, toda ela entretanto já reeditada com remasterizações e nova apresentação.