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The Ukrainians – “Vorony”

pop rock >> quarta-feira, 17.03.1993
WORLD


DIVERSÃO COSSACA

THE UKRAINIANS
Vorony
CD Cooking Vinyl, import. Bimotor



No início, foi “Ukrainski Vistupi”, uma loucura dos Wedding Present, gravada em 1989 numa das sessões regulares de John Peel. Na sequência do sucesso obtido por esse trabalho, e do single “Oi divchino”, os Ukrainians surgiram como entidade autónoma, em volta de um núcleo constituído por Peter Solowka, Len Liggins e Roman Remeynes. Seguiu-se um primeiro álbum em nome próprio, “The Ukrainians”, onde se fortalecia a componente ucraniana, através da inclusão de temas tradicionais, impulsionados por uma rítmica frenética próxima dos grupos da “new wave”. “Vorony” é nova explosão de ritmos e energia, cada vez mais imbuída da festa tradicional. O apelo da dança impregna a maioria das faixas, ao velho estilo cossaco, braços cruzados, perna esticada e grito na ponta da língua. Um bigode revirado e farfalhudo também é de bom tom.



Aos poucos, os Ukrainians vão-se aproximando mais e mais das raízes, e até já espreitam para toadas mais lentas, ousando polifonias vocais como as de “Nadia pishla”, balada que lhes abre as portas para novas perspectivas passíveis de exploração futura. O corte do cordão umbilical não parece, contudo, estar nas previsões dos Ukrainians, pelo menos a curto prazo. Por enquanto, tudo gira em volta do velho e forte “rock ‘n’ rol”. Do Leste e em caracteres ucranianos, é uma questão de pormenor – provam-no a inclusão de uma versão frenética de “The queen is dead”, dos Smiths (os Ukrainians editaram em paralelo um EP onde interpretam quatro temas assinados por Morrisey) e outra de “Venus in Furs”, o clássico de Lou Reed e dos Velvet Underground, incluído no álbum da banana, na qual os cossacos optaram pelo lado “velvet”, de veludo. Sem ser um disco de provocar grandes arrebatamentos, “Vorony” atrai pela extroversão e pela frontalidade de uma proposta, no mínimo, divertida. A “world music” também tem direito a ser um parque de diversões. (7)

The Ukrainians – “Vorony”

pop rock >> quarta-feira, 17.03.1993

WORLD

DIVERSÃO COSSACA


THE UKRAINIANS
Vorony
CD Cooking Vinyl, import. Bimotor



No início, foi “Ukrainski Vistupi”, uma loucura dos Wedding Present, gravada em 1989 numa das sessões regulares de John Peel. Na sequência do sucesso obtido por esse trabalho, e do single “Oi divchino”, os Ukrainians surgiram como entidade autónoma, em volta de um núcleo constituído por Peter Solowka, Len Liggins e Roman Remeynes. Seguiu-se um primeiro álbum em nome próprio, “The Ukrainians”, onde se fortalecia a componente ucraniana, através da inclusão de temas tradicionais, impulsionados por uma rítmica frenética próxima dos grupos da “new wave”. “Vorony” é nova explosão de ritmos e energia, cada vez mais imbuída da festa tradicional. O apelo da dança impregna a maioria das faixas, ao velho estilo cossaco, braços cruzados, perna esticada e grito na ponta da língua. Um bigode revirado e farfalhudo também é de bom tom.



Aos poucos, os Ukrainians vão-se aproximando mais e mais das raízes, e até já espreitam para toadas mais lentas, ousando polifonias vocais como as de “Nadia pishla”, balada que lhes abre as portas para novas perspectivas passíveis de exploração futura. O corte do cordão umbilical não parece, contudo, estar nas previsões dos Ukrainians, pelo menos a curto prazo. Por enquanto, tudo gira em volta do velho e forte “rock ‘n’ rol”. Do Leste e em caracteres ucranianos, é uma questão de pormenor – provam-no a inclusão de uma versão frenética de “The queen is dead”, dos Smiths (os Ukrainians editaram em paralelo um EP onde interpretam quatro temas assinados por Morrisey) e outra de “Venus in Furs”, o clássico de Lou Reed e dos Velvet Underground, incluído no álbum da banana, na qual os cossacos optaram pelo lado “velvet”, de veludo. Sem ser um disco de provocar grandes arrebatamentos, “Vorony” atrai pela extroversão e pela frontalidade de uma proposta, no mínimo, divertida. A “world music” também tem direito a ser um parque de diversões. (7)