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Steve Fisk – “Pigeonhed”

pop rock >> quarta-feira, 06.10.1993


Steve Fisk
Pigeonhed
Sub Pop, import. Contraverso



“448 Deathless Days”, deste mesmo músico norte-americano – que costuma acamaradar com os Negativland -, é um espanto, e uma lição na arte da samplagem. “Pigeonhed”, recorrendo a processos idênticos, serve-se deles para diferentes fins. Música de dança, talvez, à beira do abismo, para “raves” do fim dos tempos, algures entre os Negativland e o psicadelismo espectral dos Primal Scream, com James Brown a fazer sinais do inferno. O álbum começa em tom de colagem agreste, segue a bater um pé de dança e prossegue disparando rajadas de cinismo e de ruído contra a canção pop, para logo se fingir amiga íntima da “soul” de cor clara, como quem quer levá-la consigo para a cova. Lá mais para o fim a estranheza instala-se longe de quaisquer referências, em sobreposição de vozes estilhaçadas e outras cacofonias sampladas. Vale a pena ler o texto impresso sobre o compacto, onde se refere que o CD foi gravado com as “most advanced electronic Techniques”, para nas últimas linhas se aconselhar o auditor a usar agulhas de qualidade, de preferência em diamante, para uma melhor reprodução musical… É assim “Pigeonhed”: um recital de pistas falsas e falsas partidas. (7)

Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #169 – “Um dos discos do ano!”

#169 – “Um dos discos do ano!”

Um dos discos do ano!
Fernando Magalhães
Fri Mar 23 17:39:21 2001

13 anos depois do fantástico “443 Deathless Days”, STEVE FISK, colaborador dos Negativland em “Escape From Noise”, regressa com um álbum que entra directamente para os melhores de 2001: “999 Ways of Undo” (ed. Sub Pop).
Amon Tobin meets Residents meets Messer fur Frau Muller num registo electronic que põe o d & b de pantanas. Tribal, divertido, complexo, uma obra pára ir descobrindo ao longo de sucessivas audições. A capa (ou melhor, as capas…) é/são outro achado.

Irresistível é “Numbers” do duo BELL (ed. Satellite). 200% maquinal, repetitivo Kraftwerk/Telex/Pan Sonic juntos num manifesto de grooves com um apelo dançante semelhante ao dos Soul Center (embora aqui tudo seja mais robótico).

FM (o da foto)
Entusiasmado

PS – Conhecem Marisa Cruz? :))))))

Steve Fisk – “Pigeonhed”

pop rock >> quarta-feira, 06.10.1993


Steve Fisk
Pigeonhed
Sub Pop, import. Contraverso



“448 Deathless Days”, deste mesmo músico norte-americano – que costuma acamaradar com os Negativland -, é um espanto, e uma lição na arte da samplagem. “Pigeonhed”, recorrendo a processos idênticos, serve-se deles para diferentes fins. Música de dança, talvez, à beira do abismo, para “raves” do fim dos tempos, algures entre os Negativland e o psicadelismo espectral dos Primal Scream, com James Brown a fazer sinais do inferno. O álbum começa em tom de colagem agreste, segue a bater um pé de dança e prossegue disparando rajadas de cinismo e de ruído contra a canção pop, para logo se fingir amiga íntima da “soul” de cor clara, como quem quer levá-la consigo para a cova. Lá mais para o fim a estranheza instala-se longe de quaisquer referências, em sobreposição de vozes estilhaçadas e outras cacofonias sampladas. Vale a pena ler o texto impresso sobre o compacto, onde se refere que o CD foi gravado com as “most advanced electronic Techniques”, para nas últimas linhas se aconselhar o auditor a usar agulhas de qualidade, de preferência em diamante, para uma melhor reprodução musical… É assim “Pigeonhed”: um recital de pistas falsas e falsas partidas. (7)