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Orchestral Manoeuvres In The Dark – “Liberator”

pop rock >> quarta-feira, 29.09.1993


Orchestral Manoeuvres In The Dark
Liberator
Virgin, distri. EMI – VC




Os Orchestral Manoeuvres in the Dark, OMD, como são conhecidos, surgiram em Inglaterra durante o “boom” da “cold wave”, no final dos anos 70 – pop robótica que procurava reproduzir os cenários da urbe industrializada e inventar um novo imaginário romântico para uma nova era da humanidade em que coisas e sentimentos funcionavam carregando-se em botões.
Alinhando de início ao lado de grupos como Human League, Depeche Mode e Fad Gadget, e do replicante simplório que em parte deu fama ao movimento, Gary Numan, os OMD assinaram nessa altura alguns álbuns interessantes, com destaque para “OrganiZation” (irmão mais novo de “Organisation”, dos Kraftwerk, dos quais os OMD se reclamavam descendentes legítimos, pretensão que os próprios germânicos contribuíram para reforçar, reconhecendo-lhes a filiação) e “Architecture & Morality”. Depois, a aliança entre a electrónica de Patrick Humphreys (que já não participa neste disco) e a voz de adolescente cibernético de Andy Andy McCluskey, esgotado o filão da “cold wave”, soçobrou numa busca infrutífera de novas fórmulas, do funky à pop mainstream, que jamais propiciaram quaisquer progresos dignos de registo.
“Liberator” marca de certo modo o regresso aos esquemas do passado, trazendo sugestões de licenciosidade e uma batida maquinal bastante aproveitável para as pistas de dança. A vida, essa há muito que abandonou os OMD. (5)

Orchestral Manoeuvres In The Dark – “Liberator”

pop rock >> quarta-feira, 29.09.1993


Orchestral Manoeuvres In The Dark
Liberator
Virgin, distri. EMI – VC



Os Orchestral Manoeuvres in the Dark, OMD, como são conhecidos, surgiram em Inglaterra durante o “boom” da “cold wave”, no final dos anos 70 – pop robótica que procurava reproduzir os cenários da urbe industrializada e inventar um novo imaginário romântico para uma nova era da humanidade em que coisas e sentimentos funcionavam carregando-se em botões.
Alinhando de início ao lado de grupos como Human League, Depeche Mode e Fad Gadget, e do replicante simplório que em parte deu fama ao movimento, Gary Numan, os OMD assinaram nessa altura alguns álbuns interessantes, com destaque para “OrganiZation” (irmão mais novo de “Organisation”, dos Kraftwerk, dos quais os OMD se reclamavam descendentes legítimos, pretensão que os próprios germânicos contribuíram para reforçar, reconhecendo-lhes a filiação) e “Architecture & Morality”. Depois, a aliança entre a electrónica de Patrick Humphreys (que já não participa neste disco) e a voz de adolescente cibernético de Andy Andy McCluskey, esgotado o filão da “cold wave”, soçobrou numa busca infrutífera de novas fórmulas, do funky à pop mainstream, que jamais propiciaram quaisquer progresos dignos de registo.
“Liberator” marca de certo modo o regresso aos esquemas do passado, trazendo sugestões de licenciosidade e uma batida maquinal bastante aproveitável para as pistas de dança. A vida, essa há muito que abandonou os OMD. (5)

Orchestral Manouvres In The Dark – “Universal”

Pop Rock

16 de Outubro de 1996
poprock

Orchestral Manouvres in the Dark
Universal
VIRGIN, DISTRI. EMI-VC


omd

Para os registos ficarão, provavelmente, apenas os dois “hits” do grupo da época dourada do electro pop, “Electricity” e “Enola Gay”. Mas os OMD sempre foram algo mais, conseguindo sobreviver à passagem dos anos com inflexões de estilo que lhes permitem não passar demasiado ao lado das correntes dominantes. Se “Organization” (uma homenagem aos mestres Ralf Hutter e Florian Schneider, através da referência à sua primeira banda, anterior aos Kraftwerk, os Organisation) e “Architecture & Morality” ainda hoje se deixam ouvir fora da estética então dominante, a verdade é que as linhas de electrónica suave dos OMD se foram progressivamente descaracterizando, ora numa tentativa de levantamento do que poderia designar-se por “soul cibernética”, ora confinando-se aos domínios da pop pura. “Universal” celebra a síntese de todos os malabarismos sónicos que moldaram a alma do grupo naquilo em que hoje se transformou, uma girândola barroca de extremo requinte, onde pululam moléculas de sintetizador e naves espaciais forradas a veludo trespassam os céus e deixam rastos de baunilha no azul. Uma produção esmerada e anos de experiência acumulada transportaram os OMD para um limbo caleidoscópico – onde cabem “sitars” cósmicas e o gospel – sem fronteiras definidas e onde bandas como os Tears for Fears ou Depeche Mode jamais se atreveram a entrar. Psicadélicos e plásticos, mais do que nunca apaixonados pela melodia descarada e pelo modelo dos Beatles, os OMD fragmentaram-se numa deliciosa confusão universal. (6)