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Clannad – “Banba”

pop rock >> quarta-feira >> 26.05.1993

Clannad
Banba
CD RCA, distri. BMG




Brennan & Brennan, Máire e Ciarán, conseguiram finalmente apagar todos os vestígios de música tradicional de uma banda que chegou a gravar, há muitos, muitos anos, um belíssimo disco chamado “Dúlaman”. Agora devem vender que se fartam. Que lhes faça bom proveito. A música, essa, reduziu-se a um pote de mel e a névoas de produção, nas quais o mínimo sobressalto de energia ameaça escaqueirar a estrutura de porcelana irlandesa. A voz de Máire não podia ser mais frágil e etérea, os teclados mais avanescentes. As melodias, desenhadas a lápis número quatro, são fininhas, fininhas, tanto que mal se distinguem. Numa delas julgamos vislumbrar, ao longe, as belezas do passado: “Ca dé sin do’n té sin.” Deve ser do título em gaélico. A flauta e o “tin whistle” são soprados com ordens de nunca ultrapassar o risco, por Frankie Kennedy, dos Altan. Quem não o conhecesse, jamais adivinharia. E é assim: um título apropriado para uma banda na corda bamba que, quase de certeza, já deveria concorrer ao Festival da Eurovisão do próximo ano. (2)

Clannad – “Anam”

PÚBLICO QUARTA-FEIRA, 21 NOVEMBRO 1990 >> Pop Rock >> LP’s


Clannad
Anam
(RCA, distri. BMG)



Os irlandeses Clannad (ao lado de Enya e Mae MacKenna) movem-se naquele limbo asséptico algures entre a folk e a “new age”, destinado a preencher os sonhos “yuppies” de um mundo imaculado. Longe vai a autenticidade assumidamente folk de “Dulaman”. Agora, os manos Brennan (Máire e Ciarán) limitam-se a encher de ecos e reverberações célticas delicadas canções pop com a consistência e a beleza de filigranas de cristal. A voz e a harpa de Máire fluem com a frescura de um rio correndo no inverno irlandês. Entre a “new age-pop-caca” de alguns temas e a beleza dos instrumentais ou do canto tradicional de “Úirchill an Chreagáin”, os Clannad fazem apetecer a fonte original. **

Clannad – “Banba”

pop rock >> quarta-feira >> 26.05.1993


Clannad
Banba
CD RCA, distri. BMG



Brennan & Brennan, Máire e Ciarán, conseguiram finalmente apagar todos os vestígios de música tradicional de uma banda que chegou a gravar, há muitos, muitos anos, um belíssimo disco chamado “Dúlaman”. Agora devem vender que se fartam. Que lhes faça bom proveito. A música, essa, reduziu-se a um pote de mel e a névoas de produção, nas quais o mínimo sobressalto de energia ameaça escaqueirar a estrutura de porcelana irlandesa. A voz de Máire não podia ser mais frágil e etérea, os teclados mais avanescentes. As melodias, desenhadas a lápis número quatro, são fininhas, fininhas, tanto que mal se distinguem. Numa delas julgamos vislumbrar, ao longe, as belezas do passado: “Ca dé sin do’n té sin.” Deve ser do título em gaélico. A flauta e o “tin whistle” são soprados com ordens de nunca ultrapassar o risco, por Frankie Kennedy, dos Altan. Quem não o conhecesse, jamais adivinharia. E é assim: um título apropriado para uma banda na corda bamba que, quase de certeza, já deveria concorrer ao Festival da Eurovisão do próximo ano. (2)