25.07.1997
Lászlo Hortobagyi
The Transglobal & Magic Sounds of Lászlo Hortobagyi (7)
Network, distri. Megamúsica
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pwd: evrenselmuzik
Bem-vindos ao arquipélago de Amygdala. Fica onde? Na imaginação de Lászlo Hortobagyi, como Miles Davis, Sun Ra ou Christian Vander, inventor de uma geografia musical imaginária. Nascido em 1950, em Budapeste, Lászlo viajou até ao Norte da Índia onde aprendeu a tocar vários instrumentos, efectuando ao mesmo tempo recolhas de música local. Em 1981 funda a Sociedade Gayan Uttejak, uma associação imaginária de músicos, com estúdio e arquivos próprios. A partir daqui, realidade e ficção confundem-se no seu cérebro. Dedica-se à gravação de música mística e à realização de conerências, desenvolvendo novos métodos de pedagogia musical.
Abram os olhos e os ouvidos agora. Sobre o céu de Amygdala brilha a constelação de Fomal-Hoot al-Ganoubi, cuja descrição exacta pode ser encontrada num mapa-holograma. Nesta “expedição psicomusical”, para utilizar os termos do seu autor, ritual inicático – “musical e coereográfico” – que conduz à contemplação, encontramos, em temas de título evocativo como “legend of Yrch”, “Barocus raga”, “Rex Virginum” ou “Trance macabre”, traços reconhecíveis de outras tradições, estas bem terrenas, que passam pela Índia, o Tibete, o Norte de África, a Polinésia e o Islão, mas também pelas polifonias da Idade Média e pela “tradição futurista” da música electrónica. Inserindo-se numa linhagem próxima da dos seus compatriotas Boris Kovac e István Mártha, Lászlo Hortobagyi, louco e pós-moderno, faz uma síntese virtual que desvirtua e contamina os sentidos que estão na sua origem.