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Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #138 – “Novos P_Hammill e Thomas Brinkmann (FM)”

#138 – “Novos P_Hammill e Thomas Brinkmann (FM)”

Fernando Magalhães
07.11.2002 140236
Desiludiram-me ambos.

“Clutch”, de Peter Hammill, o tal álbum de guitarra acústica (mas não só…), não adianta nada e relação à anterior discografia. Se as letras evidenciam a qualidade de sempre (aqui mais personalizadas e pessoais do que nunca, uma das faixas, tocante, fala da relação com uma das suas filhas), sobre o avanço inexorável da idade e a sensação de perda, a música achei-a pobre, sem ideias originais, mero PH vintage.

Já “Row”, o “novo” (trata-se de material antigo antes editado em vinilo, como acontecia com um CD anterior, “Rosa”) de Thomas Brinkmann, é música a metro. Beats e mais beats (ou melhor, sempre o mesmo beat…) arrastando-se por faixas de 6 e 7 minutos, com as velhas fórmulas de sempre. pela primeira vez em relação a um disco deste alemão, fiquei com a sensação de que a simplicidade que sempre elogiei em discos anteriores, é aqui sinónimo de pobreza de ideias.
Vou ouvir de novo, mas a primeira impressão não é nada animadora…

FM

Sally Oldfield – “Natasha”

Pop-Rock 23.01.1991


SALLY OLDFIELD
Natasha
LP, MC e Cd, Sony International


Em princípio, não está errado cantar canções como “Keep The Fire Burning”, “Clear Light” ou “In The Presence of the Spring”, cujos títulos, só por si, nos fornecem de imediato indicações claras quanto aos respectivos conteúdos. Fala-se do amor, da Natureza, das estações do ano, do dia e da noite, das estrelas e a da Lua, enfim, do lado aprazível do Universo. Se bem que, por vezes, as palavras forcem em demasia a faceta esotérica – não é sem uma certa dificuldade que se consegue entender o sentido de versos como “Oolah-Kalu-Kalu-Kalandeya” ou “Ella Kielessa Nyovya Lo”, respectivamente de “My Drumbeat Heart” e “Songo f the Mountain”. O que não se pode deixar passar em claro é a total incapacidade de Sally Oldfield em abandonar, por um segundo que seja, a lamechice e os lugares-comuns típicos de um género que facilmente descamba em pieguice, a coberto da etiqueta “new age”, cómoda para abrigar todo o tipo de mediocridades. Mike Oldfield toca no tema de abertura. Os ritmos frequentemente imitam os batuques étnicos habitualmente utilizados por ele. Infelizmente o resultado final assemelha-se mais aoas Abba que aos momentos de inspiração do autor do recente (e excelente) “Amarok”. Quem sai aos seus, por vezes degenera.
*

Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #137 – “Vídeoclip de tema de Kubik (FM)”

#137 – “Vídeoclip de tema de Kubik (FM)”

Fernando Magalhães
07.10.2002 160414
Ontem, por acaso, vi na SIC Radical o clip de um tema do nosso caro amigo e forense Victor Afonsik, aka, Victor Afonso, Aka Kubik :), intitulado, se não estou em erro, “Proko”, ou algo do género.

O tema é muito bom, mas a sua tradução para formato visual, chega a ser brilhante. Não poderia ser mais simples nem mais eficaz. Não vou revelar, só posso dizer que é um pequeno filme de animação que resolve da melhor maneira a constante mudança de registo da música (aquela parte final, com a entrada do sax, é realmente fantástica!, enquanto na sequência “back to basics” do ritmo, na introdução, julgo descortinar a influência, subliminar, de Soul Center, mas posso estar errado…).

De quem foi a ideia do clip?

De qualquer forma, Victor, os meus parabéns.

FM