Jah Wobble’s Solaris – “Live In Concert” + Jah Wobble – “Fly”

(público >> y >> pop/rock >> crítica de discos)
18 Abril 2003


JAH WOBBLE’S SOLARIS
Live in Concert
JAH WOBBLE
Fly
30 Hz, distri. Universal
6|10



Ostentando os números 18 e 19 da série hertziana, “Live in Concert” e “Fly” são os mais recentes desenvolvimentos de Jah Wobble, o paquiderme do baixo. “Live in Concert” reúne uma formação de luxo com o pianista Harold Budd, o baterista dos Can, Jaki Liebezeit, o trompetista com um pé no jazz e outro na “world”, Graham Haynes, e um segundo baixista na pessoa do igualmente proboscídeo Bill Laswell. Apresentado como uma abordagem “holy minimalist” de “texturas jazz, world e dub” embaladas numa “paisagem modal”, “Live in concert” varia entre a jam adrenalínica, o “dub” pneumático de baixas frequências e próteses rítmicas enxertadas a partir do material genético dos Can, com os dois baixos e a “human drum machine” Jaki Liebezeit a carburarem em tandem. Falta subtileza a estas divagações oleosas que deveriam homenagear a fábula metafísica saída da pena de Stanislaw Lem. “Fly” compõe-se de 11 “voos” cuja tripulação integra Clive Bell, Harry Beckett e Jean-Pierre Rasle. De nada valem, porque logo à segunda descolagem a aeronave despenha-se contra as cordilheiras da “etnoseca” com selo Enigma. O resto é a dose habitual de “dub”, funk & house, um magnífico voo nº4 a fazer lembrar o “Requiem” que permanece até à data como a obra mais conseguida do ex-P.I.L e uma sequela requentada da folk universalizante que Jean-Pierre Rasle ajudou a criar nos Cock & Bull. O melhor são as fotos da capa.


Jah Wobble's Solaris – Seven Dials from bandicam on Vimeo.

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