Rickie Lee Jones – “Naked Songs”

Pop Rock

20 de Setembro de 1995
Álbuns poprock

Rickie Lee Jones
Naked Songs

Reprise, distri. Warner Music


rlj

Desta feita em regime inteiramente acústico, ao vivo, guitarra à tiracolo e um lote antigas canções que falam dos mistérios da vida que lhe agitam a alma, Rickie Lee Jones regressa em passinhos de veludo com o coração nas mãos e a voz no nariz mais do que nunca. Um “unplugged” não oficial em que as canções se desnudam para revelar os seus mais íntimos segredos e a cantora expõe todas as fragilidades da interpretação. “Naked Songs” tem como principal virtude aproximar ainda mais o seu discurso, já de si intimista, do ouvinte, esforço talvez desnecessário para alguém que, como ela, conseguiu estabelecer essa mesma proximidade e um grau máximo de comunicabilidade – presente na sensação de acompanharmos e sentirmos passo a passo as histórias que nos são contadas – num álbum como “Pop Pop”. A questão está então na distância certa a manter em relação à artista, que aqui fez a ampliação do plano americano para o “close up” emocionalmente sobrecarregado. Doloroso, em mais do que um aspecto, o contacto íntimo com canções de “The Magazine” ou “Flying Cowboys” revela-se deste modo indicado, sobretudo para os que apenas se contentam com sentir no rosto a respiração da cantora, encostar o ouvido às suas confissões e roçar-se contra a sua pele. Há, contudo, limites para a nudez, ainda que não seja castigada. No caso de Rickie Lee Jones, uns trapos em cima, digamos não mais do que “lingerie”, ficam-lhe melhor. (5)



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