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Timbuk 3 – “Big Shot In The Dark”

Pop-Rock / Quarta-Feira, 30.10.1991


Timbuk 3
Big shot in the dark
LP / MC / CD, I.R.S., distri. EMI-VC



Pat e Barbara MacDonald continuam a inventar uma América de sonho. Mesmo se, na relação ambígua com o título, a capa mostra o ataque cerrado de uma legião de espermatozoides à fortaleza do óvulo. Terceiro álbum de originais, a seguir a “Greetings from Timbuk 3” e “Edge of Allegiance”, o novo disco envereda por um registo difícil de definir: vias aparentemente bem demarcadas, como o “funky” ou a “pop de guitarras”, adquirem, por força de uma subtil operação de desfocagem, contornos imprevisíveis. Os Timbuk 3 observam a Pop com os olhos de alienígena. Verdadeiros cowboys espirituais (o som da harmónica evoca, ao longe, os espectro dos Wall of Voodoo) levitam sobre uma Disneylândia abandonada e estradas ao crepúsculo. O frenesim de “Two medicines” e “Big shot in the dark” dissemina-se por sombras e paisagens nocturnas, à custa de arranjos atmosféricos e das estranhas inflexões vocais da dupla. Ecos dos Dire Straits, em “Mudflap girl”, as entoações dylanianas de “Dis***land” (was made for you & me)”, a fantasmagoria de “Wake up little darlin”, digna de Tim Buckley, ou o incenso psicadélico de “49 Plymouth” aumentam ainda mais o ambiente geral de estranheza. Belo, diferente e bizarro. (8)

Timbuk 3 – “Big Shot In The Dark”

Pop-Rock / Quarta-Feira, 30.10.1991


Timbuk 3
Big shot in the dark
LP / MC / CD, I.R.S., distri. EMI-VC



Pat e Barbara MacDonald continuam a inventar uma América de sonho. Mesmo se, na relação ambígua com o título, a capa mostra o ataque cerrado de uma legião de espermatozoides à fortaleza do óvulo. Terceiro álbum de originais, a seguir a “Greetings from Timbuk 3” e “Edge of Allegiance”, o novo disco envereda por um registo difícil de definir: vias aparentemente bem demarcadas, como o “funky” ou a “pop de guitarras”, adquirem, por força de uma subtil operação de desfocagem, contornos imprevisíveis. Os Timbuk 3 observam a Pop com os olhos de alienígena. Verdadeiros cowboys espirituais (o som da harmónica evoca, ao longe, os espectro dos Wall of Voodoo) levitam sobre uma Disneylândia abandonada e estradas ao crepúsculo. O frenesim de “Two medicines” e “Big shot in the dark” dissemina-se por sombras e paisagens nocturnas, à custa de arranjos atmosféricos e das estranhas inflexões vocais da dupla. Ecos dos Dire Straits, em “Mudflap girl”, as entoações dylanianas de “Dis***land” (was made for you & me)”, a fantasmagoria de “Wake up little darlin”, digna de Tim Buckley, ou o incenso psicadélico de “49 Plymouth” aumentam ainda mais o ambiente geral de estranheza. Belo, diferente e bizarro. (8)