Etienne Daho – “Daholympia”

Pop Rock

9 MARÇO 1994
ÁLBUNS POP-ROCK

Etienne Daho
Daholympia
Virgin, distri. EMI – Valentim de Carvalho


ED

Em França, seu país de origem, Etienne Daho goza de um certo prestígio, retirando daí o proveito. Ele é um entre muitos autores de hexágono que foram capazes de romper com a “chanson”, no seu caso com um “cocktail” que mistura a componente pop dominante com incursões “chic” no étnico e o olhar atento aos sobressaltos da dança – fórmula que só chegou aos ouvidos portugueses muito mais tarde, com o álbum “Paris Ailleurs”, acompanhado por um concerto de promoção realizado no S. Luiz. O novo registo ao vivo, pese embora o peso da sala, não adianta, antes atrasa, em relação àquele trabalho, manchando-o com cedências (ainda mais) descaradas ao comercialismo, pela pior via possível, a da facilidade. Música de variedades acaba por ser o rótulo que melhor cola a “Daholympia”, que recupera a maioria dos temas de “Paris Ailleurs” juntamente com uma canção de Piaf, “Mon manège à moi” – não muito boa nem original. Exceptuando o tema final, “Saint lunaire dimanche matin”, uma boa recriação francesa da nostalgia decadentista de Bryan Ferry, “Daholympia” é um puro objecto de consumo procurando facturar no estrangeiro à custa de um “charme” que pretensamente perfuma toda a música francesa. Talvez, mas não aqui. (4)

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