Pop Rock
22 de Novembro de 1995
Álbuns world
Reeltime
Reeltime
GREEN LINNET, DISTRI. MC – MUNDO DA CANÇÃO
Tempo de “reels” é todos os dias, a todas as horas, em todos os locais onde haja um “pinto” de Guiness ou uma medida do velho “whiskey” que ajuda a acertar o compasso do coração com o compasso da dança. Os Reeltime são mais uma das promessas que parecem brotar espontaneamente do solo musical infinitamente fértil da Ilha. Arrancam em força, com um “set” de “reels” como mandam as regras, “Gort to Texas to Honololu”. Mas como são novos, experimentam e arriscam. Com uma guitarra saturada de electricidade, em “Caliope House”, ou “samples” de harpa, em “Siúil a rún”.
A voz de Máirín Fahy, bastante bonita, embora ajudada pela produção, se chega a brilhar nos temas de maior densidade rítmica, como “Siúil a rún” (com as suas harmonias reminiscentes dos irmãos Ní Dohmnaill dos Bothy Band), revela ainda alguma hesitação e uma natural falta de “calo” nas canções de respiração mais despojada, como “Torc waterfall” ou “The Bantry girl’s lament”. O mesmo se pode dizer quando o violino da mesma Máirín é chamado a depor nos andamentos mais pausados, paradoxalmente aqueles que na música irlandesa exigem um saber e experiência acrescentados. Os Reeltime têm bons trunfos na mão, mas será bom não tirarem os olhos da concorrência, que, por estas paragens, como se sabe, não perdoa… (7)