Máire Brennan – “Misty Eyed Adventures”

Pop Rock

11 de Janeiro de 1995
álbuns poprock

Máire Brennan
Misty Eyed Adventures

RCA, DISTRI. BMG


mb

A música de Máire Brennan, como as de Enya Loreena ou Frei Hermano da Câmara, funciona como uma tisana para a alma, xarope em colher de chá contra o mal-estar, tosse mental e irritação. Depois de um primeiro disco a solo, “Máire”, a vocalista e harpista dos Clannad refinou as canções e a garganta e deu uma vista de olhos no catálogo de sons “world”. Há em “Misty Eyed Adventures” razões de sobra para os apreciadores do género se refastelarem: um forró (!) com punhos de renda, “The days of dancing”; as “uillean pipes” de Davy Spillane, em “A place among the stones” (o mesmo tema que aparece no álbum do mesmo nome do gaiteiro); batuques decorados de Mike Oldfield e Peter Gabriel, em “The watchman”; uma piscadela de Loreena McKennitt, em “An fharraige”; sininhos do paraíso, em “Pilgrim’s way”; um relance de “As Brumas de Avalon”, “The mighty one”; de novo o gaélico e uma maior proximidade da veia tradicional, em “Heroes”; “samples” a fingir de marimbas, em “Misty eyed adventures”. Máire manda às urtigas a falsa inocência que caracteriza tanto a sua imagem como a sua música e não se envergonha de ser simplesmente pop, em “Big yellow taxi”, uma composição de Joni Mitchell arranjada pelos Blue Nile, e uma suave “country singer”, em “Dream on”. Claro que é sempre uma vantagem poder contar na ficha técnica com nomes como Calum Malcolm (dos Blue Nile, co-produtor do disco), Mairtin O’Connor e Donal Lunny, mas não é por isso que Máire Brennan, dentro do género folclore celta, pode ser considerada uma fada. (5)



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