Jocelyn Montgomery & David Lynch – Lux Vivens

18.02.2000
Jocelyn Montgomery & David Lynch
Lux Vivens (7/10)
Mammoth, distri. Edel

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Antes de lerem seja o que for, olhem para a fotografia da jovem que aparece na capa. Apetece ir logo a correr ouvi-lo, não é verdade? A curiosidade aumenta quando verificamos que a dita jovem é uma cantora e violinista de música antiga que estudou na Purcell School of Music, em Harrow, na Escócia, trabalhou com o grupo Sinfonie, especialista no reportório medieval, entrou em vídeos de Dave Stewart e dos Verve, foi actriz em filmes independentes, e trabalhou como… modelo. Depois, o que é que David Lynch tem a ver com esta história? Bom, o cineasta rei da paranóia contemporânea sempre gostou de música. O realizador do recente “Straight Story” montou entretanto o seu próprio estúdio e resolveu envolver-se com a bela Jocelyn neste projecto de “Luz Viva” em que ele e ela recriam algumas das canções compostas no século XII pela abadessa, mística, teóloga, herbalista e poetisa Hildegard Von Bingen, um nome bem conhecido no seio da música antiga. Dados os antecedentes de Lynch não seria de esperar um álbum “medievalista” tradicional e é isso que acontece, apesar de todo o aparato de imagens – desde as belíssimas e misteriosas fotos da abadia beneditina onde viveu a abadessa até uma faixa de CD-ROM com vídeo incluído – que o envolve. “Lux Vivens” soa como uma sessão de “Vox de Nube” de Noirin Ní Riain com sintetizadores em vez do coro de monges ou como uma projecção astral de “Aion” dos Dead Can Dance. Bem bonito. O próximo filme de Lynch deverá chamar-se “Nuns on Acid” e da bela Jocelyn espera-se que para a próxima desfile modelos de “lingerie” enquanto canta.

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