Akosh S. Unit – Élettér (conj.)

06.10.2000
Akosh S. Unit
Élettér (7/10)
Barclay, distri. Universal
Slang
Los Locos (6/10)
Carbon 7, distri. Sabotage

akoshsunit_eletter

LINK (Kebelen – parte 1)
LINK (Kebelen – parte 2)

AKosh S. Unit e Slang são duas formações instrumentais do continente, pouco conhecidas entre nós, húngaros os primeiros, franceses, os segundos, que irão actuar durante esta semana no festival LX-Mescla. Têm em comum o facto de combinarem o jazz com sonoridades étnicas e de term ambos como solista em destaque um saxofonista. Akosh Szelevényl (tenor e soprano, além de trompete, bombarda e kalimba) à frente da sua Unit, Manuel Hermia (também na flauta) a dirigir os Slang. Mas as semelhanças cessam aqui. Os Akosh são uma mini-orquestra na posse de largos recursos tímbricos, que usam para fazer uma recriação da música tradicional do seu país. Mas embora a sua música se ouça com agrado e haja momentos libertadores como “Lélekzet” ou “Turul”, próximos do espírito “free”, ou com a solenidade de tonalidades místicas de John Surman (“Aradat”), ela fica longe do eceltismo e da originalidade demonstardos por outros músicos magiares de fusão como István Márta, Boris Kovac ou Laszló Hortóbagyi. Os Slang, com menos meios (trio sax/flauta, baixo e percussões), compensam com vigor e volume sonoro um leque necessariamente mais curto na escolha dos arranjos. O discurso solista dos três músicos encontra espaço de sobra para se manifestar, mas a esta disponibilidade não correspondem grandes rasgos de criatividade, soando a música de Los Locos como um resumo não muito inspirado dos territórios do pós-jazz abertos por Ken Vandermark.

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