Arquivo de etiquetas: Elitismo

Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #177 – “Forum Sons viva o elitismo!”

#177 – “Forum Sons viva o elitismo!”

Forum Sons: viva o elitismo!
Fernando Magalhães
Sun Jun 10 21:47:33 2001

Finalmente tenho um pouco de tempo (e um computador suficientemente rápido para não me dar cabo do sistema nervoso!) para poder alinhar meia dúzia de palavras com algum sentido.

Assim acabei de ler algumas (não todas) intervenções sobre o que é, não é, devia ou não ser o forum SONS, tema colocado à discussão pelo Pedro Belchior, com quem, aliás, já falei pessoalmente sobre este tema.

Já aqui me pronunciei sobre as vantagens e desvantagens de um forum “elitista” como – quer queiram quer não – é o forum sons. Não por vontade explícita dos seus participantes mas pela própria natureza dos seus gostos musicais (ou de cinema), tanto como pelo requintado sentido de humor.
Isto, meus amigos, faz de nós, ou da maior parte de nós, um grupo restrito de pessoas com BOM GOSTO, seja qual for a área musical sobre a qual nos pronunciamos, da música de dança à pop, da folk à electrónica.
Vão lá falar dos gybe, dos DAT Politics, dos Legendary Pink Dots, dos Biosphere, dos Mr. Bungle ou dos Sigur Rós para um forum vulgar e verão o que acontece!…

O forum Sons juntou um número de pessoas com algo em comum, pese embora a diferença de gostos e de personalidade dos seus membros.

Há, como alguém aqui já referiu, um “núcleo duro”. São aqueles que não só participam com mais assiduidade como também exprimem com maior veemência e à vontade os seus pontos de vista. Aqui, como em tudo, a antiguidade é um posto. )))) É natural e não é condenável.
Depois, criou-se, é verdade, o grupo dos dois forenses que se conhecem pessoalmente o que contribui para reforçar a existência de um círculo ainda mais restrito (as private jokes, descrições de concertos, sessões de pretas, etc etc etc.

Só prova, uma coisa, completamente positiva: que o forum serviu, pelo menos, para aproximar as pessoas.

Há um solidão latente na maior parte de nós. Não me refiro a uma solidão existencial (embora ela também possa existir) mas a uma solidão que é inerente a todo o indivíduo consciente de si próprio.
Eu incluo-me no grupo dos solitários.
É-me penoso não poder falar, discutir com um número maior de pessoas sobre os Van Der Graaf, o cinema de Raul Ruiz, os Monty Python, Nietzsche ou a física quântica de Leon Max Lederman. Aqui neste forum posso fazê-lo.

Por isso, o prazer de participar neste forum é, em grande parte, o da partilha. O de poder discutir, trocar impressões (e, por vezes, nos termos mais tresloucados que se