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Fleetwood Mac – “Tango Na Noite” (televisão | concerto)

PÚBLICO QUARTA-FEIRA, 11 JULHO 1990 >> Local


Tango na noite

ENTRE A PUREZA dos blues e o circo de multidões, foi longo o caminho percorrido pelos Fleetwood Mac, hoje sinónimo de sucesso conquistado à custa de golpes de rins e algumas concessões. Da formação inicial, constituída por Peter Green, Mick Fleetwood e John McVie, mantiveram-se os dois que lhe deram o nome – o Fleetwood e o Mac. Tornaram-se notadas as vocalistas: Christine McVie, classe e “savoir faire”; Lindsey Buckingham, um rosto bonito que passou; Stevie Nicks, loura atraente, contraponto juvenil da maior veterania da colega. As harmonias vocais tecidas pela voz de ambas são a principal atração do atual som da banda. Mas nem sempre foi assim. Há quem se lembre do antigo “hit” instrumental, “Albatross”. Ou dos bons álbuns “Kiln House”, “Future Games” e “Bare Trees”. Mas foi a partir de 1975 e do relançamento com “Fleetwood Mac” que a música se alterou profundamente, tornando-se comercialmente rentável. Vamos vê-los esta noite, num espetáculo ao vivo de 1978, Tango in the Night Live, no Cow Palace de São Francisco, e escutar alguns dos seus êxitos, como “Gipsy”, “Songbird” e “Oh Well”. O regresso das senhoras.
Canal 1, às 14h50

Fleetwood Mac – “Behind The Mask”

Pop

FLEETWOOD MAC
Behind the Mask

LP e CD Warner Bros., import. WEA

fleetwwodmac

Mick Fleetwood e Christine McVie, sobreviventes da formação inicial, têm, entre vários defeitos, uma grande virtude: a persistência. 23 anos consecutivos nesta vida não são brinquedo. De 67 até hoje, muita coisa mudou. Dos rhythm’n’blues dos primórdios nada resta. A partir do álbum “Fleetwood Mac”, de 75, primeiro de uma longa série de discos de platina, a banda encontrou a fórmula definitiva do sucesso. Vendas maciças e estatuto de meninos queridos das FM americanas são os sinais inconfundíveis do êxito da estratégia então aplicada, sendo a adopção da loirinha Stevie Nicks apenas mais uma operação de cosmética destinada à venda do produto. “Behind The Mask” não adianta nem atrasa em relação a discos anteriores. Canções bonitinhas condimentadas por produções sempre em cima da jogada e as vozes da dupla feminina Mc Vie/Nicks chegam de momento para manter a máquina a funcionar. Canções que se ouvem e se esquecem de seguida como açúcar dissolvido em café quente. Do esquecimento geral escapam a original introdução, em tintas electrónicas, de “In the Back of My Mind” e a interpretação de Christine McVie no tema que dá título ao álbum. As gerações passam, mas os Fleetwood Mac não arredam pé. Para incómodo de muitos e deleite, se calhar, de muitos mais.

QUARTA-FEIRA, 25 ABRIL 1990 PÚBLICO VIDEODISCOS

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