Robótica – Apontamentos (parte 12/12) / Ficha de Trabalho 12, com questionário (dispositivos de entrada; dinâmica; sistemas de controlo; programação; transmissão de potência)
Curso Profissional de Electrónica, Automação e Comando
Disciplina de Automação e Comando
Módulo: Robótica
[…continuação]
Apontamentos de Robótica / Ficha de Trabalho 12
Parte 12/12
29. Dispositivos de Entrada para Manipuladores
29.1. – Definição
. São dispositivos que permitem programar o robot. Como exemplos temos o joystick, o rato, o teclado, as luvas artificiais, etc.
. Estes dispositivos são meios de interacção homem-máquina.
Ou seja, são uma forma de transmitirmos dados ao sistema de controlo do robot e, depois, este sistema os transmitir para os actuadores, que realizam os movimentos que nós solicitámos/programámos, através dos tais dispositivos de entrada.
30. Sistemas de Controlo
30.1. Definição
São sistemas sempre compostos por um misto de software e hardware e cuja função é processar os sinais oriundos dos dispositivos de entrada e, a partir deles e do programa, enviar os correspondentes sinais aos dispositivos de saída/actuadores.
30.2. Software
. O software pode ser desenvolvido num computador ou num microcontrolador.
. O microcontrolador reduz o custo do projecto, é rápido, dedica-se apenas ao controlo do robot. A s suas limitações prendem-se com o tamanho máximo de software que é possível introduzir-lhe.
. O computador pessoal apresenta uma elevada rapidez de processamento e maior espaço de memória.
. Por vezes aplica-se uma solução mista em que a parte mais leve do software fica a cargo do microcontrolador e a parte de processamento mais pesado, a cargo do PC.
30.3. Hardware
. A parte de hardware pode ser formada por, por exemplo, motores passo-a-passo, cabos, dispositivos de entrada, sensores e amplificadores de potência.
30.4. Princípio de Funcionamento
. Um dos factores mais importantes e comuns nestes sistemas é a utilização de sensores. O sistema é de malha fechada, ou seja, ele está sempre a verificar o estado actual do dispositivo sensor de entrada a ser controlado, e a comparar essa medida com um valor pré-definido. Essa comparação resultará num ‘erro’ (melhor dizendo, diferença), estando o sistema de controlo programado para fazer os ajustes necessários para que o ‘erro’ seja reduzido a zero, e o sistema fique no tal valor pré-definido.
Esquematicamente, em diagrama de blocos:

Figura 37 – Diagrama de blocos do controlo em malha fechada de um manipulador robótico
31. – Programação de Robots
31.1. Formas de Programação
31.1.1. – Manipulador Manual
É todo o engenho mecânico de manuseamento de peças ou ferramentas que requeira a intervenção manual do homem para a sua operação, isto é, o homem guia manualmente a máquina servindo esta como uma multiplicadora de forças.
31.1.2. – Robot Sequencial
É aquele que realiza um trajecto sequencial de passos (estados), podendo ser uma sequência fixa definida pelo fabricante e inacessível ao utilizador, ou uma sequência variável, alterada pelo utilizador de acordo com as suas necessidades.
31.1.3. – Robot de Aprendizagem
Neste tipo de robot, o caminho ou sequência é programado guiando-o manualmente pelo caminho que deve seguir.
31.1.4. – Robot Inteligente
É aquele que altera o seu modo de funcionamento mediante estímulos externos provenientes de sensores (ópticos, magnéticos, sonoros, etc.)
32. – Dinâmica do Braço Robótico
O desempenho dinâmico do robot está associado à velocidade de resposta, estabilidade e precisão.
32.1 – Velocidade de Resposta 
É a destreza do braço, ou seja a capacidade de mover-se de um lugar para outro num (curto) período de tempo.
Assim, o torque de cada junta do braço e a aceleração em cada elo têm de ser analisadas.
32.2. – Estabilidade
Tempo necessário para amortecer as oscilações que ocorrem durante o movimento duma posição para outra.
Se for baixa devem aplicar-se elementos de amortecimento no braço, que melhoram a estabilidade mas pioram a velocidade de resposta.
32.3. – Precisão
Está relacionada com a velocidade e com a estabilidade, pois é uma medida de erro na posição do órgão terminal.
32.4. – Precisão de Movimentos
Está intrinsecamente correlacionada com três características:
. Resolução Espacial
. Precisão
. Repetibilidade
32.4.1. – Resolução Espacial
Depende do controlo do sistema e das inexactidões mecânicas do braço robótico. O sistema de controlo é responsável por controlar todos os incrementos individuais das articulações. Já as inexactidões relacionam-se com a qualidade dos componentes que formam as uniões entre as articulações, como as folgas nas engrenagens, tensões nas polis, e histereses mecânicas e magnéticas, entre outros factores.
32.4.2. – Precisão
Está relacionada com a capacidade de o braço posicionar o seu pulso num qualquer ponto dentro do volume de trabalho. Relaciona-se pois com a resolução espacial, pois depende dos incrementos que as juntas podem realizar.
32.4.3. – Repetibilidade
Está relacionada com a capacidade do braço robótico posicionar repetidamente o seu pulso num qualquer determinado ponto.
Sofre influência de folgas mecânicas, flexibilidade e limitações do sistema de controlo.
33. Transmissão de Potência
33.1. – Necessidade e Enquadramento
. Na maioria dos braços não é possível encontrar actuadores com as propriedades exactas de velocidade-torque ou de velocidade-força que precisamos para uma dada aplicação.
. Assim, temos de utilizar, nestes casos, algum tipo de dispositivo de transmissão de potência (como a transmissão do nosso carro).
. Podemos usar correias e polias e correias, correntes e rodas dentadas, engrenagens, eixos de transmissão e parafusos.
33.3. – Engrenagens
. Um exemplo de transmissão simples e bastante usado em robots é a engrenagem.
. As engrenagens possuem movimentos rotativos e a transferência pode ser entre eixos perpendiculares ou eixos paralelos.
33.3.1. – Exemplo
. A figura abaixo mostra duas engrenagens para transmissão com eixos paralelos e são conhecidas como engrenagens cilíndricas.
. A menor é conhecida como pinhão, e a maior como coroa.
. Se o pinhão tiver um quarto do tamanho da coroa, para cada revolução feita pelo pinhão a coroa gira apenas um quarto de volta, reduzindo, portanto, em um quarto a velocidade angular e aumentando o torque em quatro vezes.

Fig 38 – Engrenagens para transmissão, com eixos paralelos
33.3.2. Engrenagens – Relações Quantitativas (entre os seus elementos)
33.3.2.1. – Relação (dos dentes) das Engrenagens
. O número de dentes numa engrenagem é proporcional ao seu diâmetro, sendo a relação das engrenagens obtida pela expressão:
Onde:
 é o número de dentes do pinhão e
 é o número de dentes da coroa.
33.3.2.2. – Relação de Velocidades
. A velocidade da saída em relação à entrada é dada por:
em que   é a velocidade de saída e   é a velocidade de entrada.
33.3.2.3. – Relação de Torques
. O torque calcula-se através de:
34. Questionário (XII)
1. O que são dispositivos de entrada para robots?
2. No contexto dos manipuladores robóticos, o que entende por sistemas de controlo?
3. O software de um sistema de controlo de robots pode ser implementado em PCs e microcontroladores. Quais as vantagens e desvantagens de cada uma das soluções?
4. E a solução mista, que vantagens apresenta?
5. Dê cinco exemplos de dispositivos de hardware que possam fazer parte de um sistema de controlo de um sistema robótico.
6. Represente esquematicamente o diagrama de blocos do sistema de controlo de um manipulador robótico.
7. Explique sucintamente, mas de forma completa, o funcionamento do sistema de controlo de um manipulador robótico.
8. Enumere as formas de programação de robots.
9. Qual delas considera a mais sofisticada. Explique as razões da sua resposta utilizando comparações com as outras formas de programação.
10. O que entende por manipulador manual?
11. O que entende por robot sequencial?
12. O que entende por robot de aprendizagem?
13. O que entende por robot inteligente?
14. De que grandezas depende o grau de desempenho dinâmico de um robot?
15. O que entende por velocidade de resposta de um braço robótico?
16. O que entende por estabilidade de um braço robótico?
17. A precisão de um braço robótico é uma medida de quê?
18. Quando a estabilidade de um braço robótico é menor do que precisamos, quais as medidas que se podem tomar para melhorar esse handicap? E quais as consequências da tomada dessas medidas?
19. A precisão de movimentos de um braço robótico está directamente relacionada com que características suas?
20. De que depende a resolução espacial de um braço robótico?
21. As inexactidões do movimento do braço robótico, que contribuem para a sua maior ou menor resolução espacial, têm a ver com que factores?
22. O que entende por precisão de um robot?
23. O que entende por repetibilidade de um braço robótico e quais os factores que influenciam o seu valor?
24. Que tipos de movimentos têm as engrenagens?
25. Qual a finalidade das engrenagens?
26. Entre que tipos de eixos pode ser feita a transmissão de potência por meio de engrenagens?
27. O que entende por engrenagens cilíndricas?
28. Nas engrenagens cilíndricas, como se chama a roda dentada menor? E a maior?
29. Complete os espaços:
“Se o pinhão tiver metade do tamanho da coroa, para cada revolução feita pelo pinhão a coroa gira apenas um ________ volta, reduzindo, portanto, em _________ a velocidade angular e aumentando o torque para  ___________.
30. Se o pinhão de uma roda de uma engrenagem tiver 20 dentes e a sua relação de engrenagem for de 3, quantos dentes tem a coroa?
31. Para a engrenagem da questão anterior, calcule o valor da velocidade final se a velocidade do pinhão for de 60 RPM.
32. Para a mesma engrenagem, calcule o torque final se o do pinhão for de 15 mt.kg.
Junho 27, 2013 No Comments
Domótica – Curso de ETS3 – Parte 4
Curso Profissional de Electrónica, Automação e Comando
Disciplina de Automação e Comando
Módulo de Domótica
Programação e Colocação em Serviço de Instalações com Sistemas de Bus KNX/EIB/TP1
Curso de Software ETS3, para sistemas KNX/EIB
PARTE 4
B – Desenho de um Projecto com o ETS-3 Profesional (3)
– Inserção de Grupos Principais e Secundários (Maingroups e MiddleGroups)
Quando seleccionamos o ícone  Grupos principais (Maingroups) na Vista de Endereços  de Grupo (Group Adresses View), oferecem-se-nos três possibilidades para inserir um ou mais endereços de grupo principais: através do botão da barra de ferramentas
 Grupos principais (Maingroups) na Vista de Endereços  de Grupo (Group Adresses View), oferecem-se-nos três possibilidades para inserir um ou mais endereços de grupo principais: através do botão da barra de ferramentas  ; por meio da função Add MainGroups… do menu Edit, e por meio do menu sensível ao contexto, clicando com o botão direito do rato.
 ; por meio da função Add MainGroups… do menu Edit, e por meio do menu sensível ao contexto, clicando com o botão direito do rato.
Os endereços de Grupos Secundários (MiddleGroups) podem-se introduzir quando na janela de endereços de grupo se selecciona um endereço de grupo principal. Isso faz-se da mesma forma que descrevemos acima para os grupos principais.
– Envio da Programação com ETS-3 Profesional
Uma vez terminado o projecto, deve enviar-se a programação a cada um dos dispositivos/elementos/aparelhos da instalação, pelo que teremos de ligar o PC à instalação, através da interface RS-232.
O menu de programação (Comissioning)  contém três elementos:
. Programar… (Download…)
. Desprogramar… (Unload…)
. Reinicializar o Dispositivo (Reset Device)
No caso de o ETS-3 não se encontrar ligado ao sistema KNX/EIB, a chamada a uma destas três funções mudará automaticamente o programa para o estado de ligado/online com o sistema.
Para programar um aparelho, devemos actuar da seguinte forma:
1º O endereço físico
2º O programa de aplicação
Sem prejuízo de ambos os passos se poderem fazer de uma só vez.
A programação pode-se levar a cabo por meio de:
. Menu Programar >> Programar… (Comissioning >> Download…)
. Clicando no ícone   da barra de ferramentas.
. Menu sensível ao contexto (botão direito do rato).
Em qualquer caso é determinante o que temos seleccionado na janela activa quando abrimos a janela de programação, já que todos os aparelhos que pertencem ao elemento marcado serão dispostos para programação.
Figura 17 – Programação de aparelhos
Ao programar o endereço físico devemos escolher entre dois procedimentos, que aparecem ao desdobrar as opções possíveis, através do botão  .
.
Aparelho em Modo de Programação… : Significa que desejamos associar o endereço físico ao aparelho cujo botão de programação se encontra pressionado, e o seu led de programação, aceso.
Reescrever o Endereço Físico Existente…: Por meio desta opção é possível reescrever um endereço físico presente no projecto, sem necessidade de pressionar o botão de programação da BCU que o contenha.
A Programação parcial refere-se somente ao programa de aplicação, e para poder utilizar essa opção é preciso que o aparelho tenha programado endereço físico. Desse modo, é possível reprogramar alterações que afectam exclusivamente os parâmetros ou endereços de grupo.
– Diagnósticos
O menu Diagnostics contém ferramentas úteis durante a planificação e a configuração de uma instalação KNX/EIB.
Figura 18 – Menu Diagnóstico
Ao executar a função Verificar Projecto (Check Project), verificar-se-á o projecto actual.
Informação do aparelho… (Device Info…): permite-nos obter a informação sobre um dispositivo de uma instalação existente. Essa função só pode ser utilizada quando existe ligação com uma instalação KNX/EIB.
Endereços Físicos (Individual Adresses…): permite realizar as seguintes operações:
. Enumerar o aparelho ou aparelhos que se encontrem em modo de Programação.
. Comprovar se um endereço físico existe nesse projecto e localizar o aparelho correspondente, se existir.
. Enumerar todos os endereços físicos de uma linha
Monitor de Grupos (Group Monitor): inicia um programa de seguimento e análise do tráfegos de mensagens através do bus. Ainda que a interface com o sistema KNX/EIB seja repartido por este programa, o resto do ETS pode continuar a aceder ao bus sem problemas.
Monitor do Bus (Bus Monitor): inicia um programa completo de seguimento e análise do tráfego de mensagens que circulam no bus.
Esse software de diagnóstico procura qualquer mensagem – de qualquer tipo – que circule pelo bus. A diferença em relação ao monitor de grupos, é que o programa requer o acesso exclusivo à interface KNX/EIB (BCU local). Portanto, as outras partes do ETS não podem aceder ao bus em paralelo com o monitor de bus se essa ferramenta estiver activa.
Junho 20, 2013 No Comments
Universidade Aberta – Informática – Probabilidades e Estatística: Testes + Exames + Trabalhos
Ver enquadramento deste post, aqui.
Neste caso não fiz o resumo do livro:
Mas os testes, exames, critérios e resoluções são muito completos e elucidativos. Quase que chegam. Eu disee quase 🙂
12 Testes Formativos – Enunciados + Resoluções
Enunciado do Exame de 1ª Época de 2000
Critérios de Correcção do Exame de 1ª Época de 2000
Enunciado do Exame de 1ª Época de 2001
Critérios de Correcção do Exame de 1ª Época de 2001
Enunciado do Exame de 1ª Época de 2002
Critérios de Correcção do Exame de 1ª Época de 2002
Enunciado do Exame de 1ª Época de 2003
Critérios de Correcção do Exame de 1ª Época de 2003
Enunciado do Exame de 2ª Época de 2000
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2000
Enunciado do Exame de 2ª Época de 2001
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2001
Enunciado do Exame de 2ª Época de 2002
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2002
Enunciado do Exame de 2ª Época de 2003
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2003
Enunciado do Exame de 2ª Época de 2001
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2001
Enunciado do Exame de 2ª Época de 2002
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2002
Enunciado do Exame de 2ª Época de 2003
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2003
Ficam ainda mais algumas resoluções que fiz de vários exames/enunciados enviados acima (treino):
Critérios de Correcção do Exame de 2ª Época de 2003
mais uma vez, se houver trocas de links, links que não funcionem, ou outras anomalias, digam pf.
Junho 19, 2013 No Comments
 
	














