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Electronic Circuits for the Evil Genius

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Dezembro 17, 2009   No Comments

Os Bonzos da Estatística – Santana Castilho

Este livro reúne as crónicas publicadas semanalmente no jornal Público, pelo professor Santana Castilho, entre 2005 e 2009.
Professor da Escola Superior de Educação de Santarém, Santana Castilho tece nas suas crónicas críticas profundas e fundamentadas ao desvario que varreu a educação em Portugal entre aquelas datas, precisamente o período em que o último governo ocupou o poder.
Leitura aconselhada a todos aqueles que se interessam pela problemática da educação mas também ao grande público, que assim pode ser esclarecido sobre a realidade, que, infelizmente, é diametralmente oposta ao propagandeado até exaustão pelo governo, com a conivência e amplificação da comunicação social.
Deixamos abaixo um exemplo de uma das crónicas.

Título: Os Bonzos da Estatística – Ideias Falsas que Travaram a Educação
Autor: Santana Castilho
Editora: Edições Pedago
Data: Setembro de 2009
Nº de Páginas: 318
ISBN: 978-972-8980-83-2

Ressuscitem O Papel Selado
Esta crónica tem uma causa próxima: um pequeno texto inserto na rubrica “Sobe e Desce” deste jornal, no passado dia 24. Rezava assim, a dado passo: “Os sindicatos dos professores não querem, de todo, a avaliação. A maioria da classe não quer, de todo, a avaliação…” Quem escreveu isto desconhece por completo o que se passa no sistema de ensino e propala uma enorme falsidade, que ficaria sem reparo, não fora a gravidade do que actualmente se vive nas escolas portuguesas e a necessidade de esclarecer, por isso, a opinião pública.
Mente quem diz que os sindicatos e os professores não querem sujeitar-se a avaliação. Mentiu o próprio primeiro-ministro quando há dias disse ao “Diário de Notícias” que nunca no passado foi feita avaliação dos professores. Desafio quem quer que seja a sustentar documentalmente tais enormidades,. A realidade é bem diferente. Os professores rejeitam este (e sublinho o pronome demonstrativo este) modelo de avaliação. Porque não cumpre o fim primeiro de qualquer exercício de avaliação do desempenho: a melhoria do próprio desempenho e a valorização das práticas profissionais. Quando o primeiro-ministro, em acto sintomática e reveladoramente falhado, afirma que a avaliação dos professores se faz por “uma” (e sublinho o artigo uma) razão, “premiar o mérito”, torna-se patente por que os professores não aceitam visão tão redutora. Sobretudo porque este “premiar o mérito” se construiu por via de uma tômbola aviltante, que dividiu os professores em titulares e outros, deixou de fora profissionais altamente qualificados e esmagou dedicações e competências. Se tivessem vergonha, os seus autores, que têm nome e rosto, pintavam a cara de negro, a cor do luto, e não ousavam falar de premiar o mérito. Mas há mais, que ninguém pode desmentir. Este modelo de avaliação penaliza os professores que usem direitos protegidos por leis de dignidade superior: direito de engravidar, direito a estar doente, direito ao recolhimento (nojo) por morte de pai, mãe, filho ou filha, mulher ou marido e até o elementar direito de não ser prejudicado por cumprimento de obrigações legais impositivas (comparecer em tribunais). Este modelo de avaliação penaliza os professores quando os alunos desertam da escola ou chumbam; põe professores de música a avaliar professores de matemática, bacharéis a avaliar doutores; mete no mesmo saco, para efeitos de graduação profissional, quem seja classificado com insuficiente, regular ou bom; instala nas escolas um pernicioso clima de desconfiança e competição; coloca toda a classe numa espécie de estágio permanente, com uma vida profissional inteira de duração; privilegia os cargos administrativos e burocráticos em detrimento das funções lectivas; constitui uma casta de kapos incumbidos de controlar e reportar aos donos; aniquila a liberdade pedagógica e intelectual do professor. Isto e muito mais são bestialidades que um coio de incompetentes quer impor aos professores. Que diriam jornalistas e comentadores, que escrevem ligeiro sobre a matéria, se os arrastassem em tal caudal de disparates?
Esta é apenas uma, eventualmente a mais gritante, das vertentes que asfixiam os docentes em burocracia e afastam a Escola da sua missão principal: ensinar. Os portugueses não percepcionam quanto o sistema de ensino está à beira do abismo. Os professores sufocam com tarefas administrativas e reuniões. Há reuniões de todo o tipo: de coordenação de ano, para conceber testes conjuntos, para desenhar grelhas, para analisar resultados, de Conselho Pedagógico, com encarregados de educação, com alunos, para preparar as actividades de estudo acompanhado, de formação cívica, da área de projecto, de tutoria, de apoio educativo, de recuperação de resultados, de superação de necessidades educativas especiais, entre outras.
Os papéis não têm fim. Tenho à minha frente seis folhas de um documento intitulado: “Coordenação de Ano”, de um agrupamento de escolas. Para o interpretar tive que me socorrer de um glossário. Aqui fica a tradução das siglas, omissão feita às que não consigo decifrar: CD (Conselho Executivo); CA (Conselho de Ano); PRAE (Plano de Recuperação e Apoio Educativo); PCT (Projecto Curricular de Turma); CGAS (Critérios Gerias de Avaliação Somativa); AEC (Actividades de Enriquecimento Curricular; PTT (Professor Titular de Turma); TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação; PGEI (Programa de Generalização do Ensino de Inglês); CAA (Comissão de Acompanhamento Alargada); CAR (Comissão de Acompanhamento Restrita); SPAEC (Supervisão Pedagógica das Actividades de Enriquecimento Curricular; CEI (Currículo Específico Individual); UAM (Unidade de Apoio à Multideficiência); PAA (Plano Anual de Actividades); PA (Plataforma do Agrupamento); CAD (Comissão de Avaliação do Desempenho).
Chega? Não! Por favor, Maria Lurdes e Santo Valter, ressuscitem o papel selado!

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Dezembro 15, 2009   No Comments

Como ligar uma ficha RJ-45

Como Ligar uma Ficha RJ-45 num cabo de Rede de Computadores Ethernet

1. INTRODUÇÃO

Vamos usar o código de cores de ligação standard T568A (há outro, o T568B, ligeiramente diferente, mas também funcional, que é explicado adiante)

O protocolo de ligação Ethernet é o mais usado nas redes de computadores locais (LAN) caseiras ou de um pequeno escritório.
Este tipo de rede (por oposição às redes sem fios – wireless) providencia a melhor segurança e fiabilidade.

A ligação das fichas nos extremos dos cabos, destinadas a conectar esse cabo com o PC ou com o dispositivo de distribuição (router, modem, switch, hub, etc.) é feita usando os chamados conectores RJ-45

Sem esses conectores, o cabo, pela sua espessura pode passar por pequenos buracos de ¼ de polegada, pelo que se aconselha a, primeiro passar todos os cabos e só depois cravar as fichas RJ-45 nas suas extremidades.

Os servidores de média (computadores que fornecem conteúdos de imagem, som e vídeo para a rede, e portanto originado uma grande densidade de tráfego) e aplicações de rede semelhantes significam que a Ethernet ligada (por oposição à rede wireless, sem fios) ainda tem um lugar a ocupar na nossa casa ou empresa, apesar da chatice que é sempre passar cabos dum lado para o outro.

A maioria das instalações domésticas são facilmente feitas usando conectores RJ-45, cravados directamente nas extremidades dos cabos que vão ligar aos equipamentos, em vez da utilização de painéis. Isto porque os equipamentos caseiros como servidores de média e switches de rede ocupam geralmente um lugar fixo, por isso ligar um cabo de fios rígidos directamente do switch de rede directamente para um equipamento não é problema, sendo o mais aconselhado.

No caso de uma parte do equipamento precisar de ser frequentemente conectada e desconectada da rede, então devemos usar o cabo de rede directamente ligado a uma tomada montada na parede de um tipo que jogue esteticamente as tomadas principais do edifício. Depois, um pequeno cabo pré-construído pode facilmente completar o circuito.

Note que em vez de comprar esses pequenos cabos com vários tamanhos, é mais barato primeiro fixar as tomadas, depois de ter passado os cabos pela casa. Desta forma, o tamanho dos buracos é minimizado pois cada furo apenas terá a largura suficiente para deixar passar o respectivo cabo, em vez de terem de deixar passar também as fichas terminais RJ-45, que são mais largas.

Contudo, é essencial ligar os fios (do cabo) das várias cores aos pinos respectivos/correctos da ficha RJ-45. Caso isso não seja respeitado, então o cabo sofrerá de vários efeitos nocivos no transporte do sinal, tais como:
– Cruzamento de dados excessivo
– Maior perda de dados / pacotes
– Redução de taxa de transmissão

2. MÃOS À OBRA

Construir os Cabos de Ethernet – O que é preciso

– Use, pelo menos, cabo da categoria Cat5 para uma instalação 100baseT, e Cat5e para uma instalação 1000baseT (Ethernet Gigabit). Use cabo de fios rígidos UTP (par entrançado não protegido) – É muito mais barato comprar em rolos de 50 ou 100m do que comprar muitos bocados pequenos (à medida)
Fichas RJ-45 – as fichas devem ser do tipo usado em cabos de fios rígidos
Alicate de cravamento de fichas RJ-45 – é um pouco caro mas o seu custo é rapidamente recuperado depois de ter construído à volta de cinco cabos.

Código de Cores RJ-45 para o Cabo Ethernet (standard T568A)

Olhando para a ficha RJ-45 com o seu pequeno gancho virado para baixo e o cabo vindo do lado do nosso corpo, o pino 1 é o da esquerda (veja a figura)
1. Verde / Branco
2. Verde
3. Laranja/Branco
4. Azul
5. Azul/Branco
6. Laranja
7. Castanho/Branco
8. Castanho

RJ_45_1

Nota: Há uma outra variante para este código, chamada de T568B, na qual a cor verde é trocada com a laranja (quer o de cor sólida, quer o listado a branco), que também funciona, mas é importante escolher um deles e mantê-lo no mesmo cabo.

Ligar/Conectar a Ficha Ethernet RJ-45

RJ_45_2

Se for usada uma protecção (a.k.a. blindagem) (ver imagem acima), faça-a deslizar para trás primeiro. O alicate de cravamento terá assim espaço mais profundo para cortar a bainha exterior do cabo, e isto precisa de ser feito com cuidado para evitar “ferir” o isolamento interior. Não é necessário retirar o isolamento interior (dos fios).
Estique o cabo de forma a que os fios fiquem ao lado uns dos outros, seguindo o código dado acima, e as respectivas pontas bem alinhadas.
Enfie agora cuidadosamente essa fileira de fios na ficha RJ-45, mantendo as cores alinhadas correctamente.

RJ_45_3

Empurre bem o cabo até ao extremo da ficha e reverifique o código de cores. Enfie a ficha RJ-45 na abertura correspondente do alicate de cravar e aperte o alicate com força.

RJ_45_4

Repita tudo do outro lado do cabo e este estará pronto a usar. Easy, no?

RJ_45_5

3. CONCLUSÃO

Ethernet Ligada versus WiFi

A Ethernet ligada providencia maior velocidade, fiabilidade e segurança numa rede caseira ou de escritório, quando comparada com uma rede Wireless. Para aplicações como navegação de Internet a rede Wifi é adequada, mas para serviços mais exigentes, como por exemplo servidores de média, onde a interrupção do fornecimento contínuo de dados causa soluços na imagem ou som recebidos (o que é inaceitável), a Ethernet ligada é imbatível.

4. VÍDEO

Como complemento ou para aqueles que preferem ver a ler, aqui fica um vídeo ilustrativo de todo o processo descrito anteriormente:

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Dezembro 14, 2009   3 Comments