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Montando os nossos próprios Módulos Solares Fotovoltaicos (Parte 6/6)

[… continuação]

As asas Reflectoras

Uma vez os módulos montados e protegidos, podem ser de imediato usados, mas eles poderão ser muito mais eficientes se adicionarmos reflectores, de forma a concentrar nas células uma quantidade maior de luz solar.
Para pequenas taxas de concentração, o design desses reflectores não é muito crítico.
A figura abaixo mostra as dimensões de vários reflectores que poderão ser utilizados.
O primeiro é simplesmente um par de reflectores planos inclinados que quase conseguem dobrar a quantidade de luz solar incidente nas células. Pode-se pois constatar que com pouco trabalho extra poderemos obter ganhos substanciais de eficiência do painel solar.
Este tipo de design requer que a inclinação seja ajustada pelo menos quatro vezes por ano de modo a manter a eficiência.
O segundo sistema mostrado também tem uma taxa de concentração igual a 2, mas as suas superfícies curvas são mais eficazes sendo apenas necessário a mudança da inclinação duas vezes por ano.
Mesmo que nunca mudemos a inclinação, desde que esta seja colocada igual à latitude do local, a partir da vertical, obtemos resultados muito bons.
O terceiro sistema tem um factor de concentração de 4 para 1. São reflectores mais altos e precisam de mais apoio para manter o seu formato, formato esse, que, neste caso, é mais crítico para os bons resultados que se pretendem. Neste caso também não se deve usar módulos com as traseiras em madeira, pois a temperatura atingida será tal que poderão pegar fogo.

Construção das Asas Reflectoras

O melhor material para se usar é o alumínio brilhante. É fácil de obter em qualquer medida e suficientemente rijo para manter a sua forma, para além de ser razoavelmente brilhante. Contudo, o Mylar aluminizado é muito mais efectivo. O tempo extra que se leva a cobrir os reflectores com este material é largamente compensado pela melhoria de eficiência na produção de electricidade, que poderá chegar aos 30%.
Quando dobrar os reflectores de alumínio para eles ganharem a sua forma final, primeiro coloque uma peça pesada onde o reflector é preso à tira traseira. Pode improvisar um freio de flexão comprido para este material leve, prendendo o alumínio entre duas tábuas com grampos em C e dobrando o lado saliente à mão ou com uma terceira tábua. A curva parabólica suave do metal pode ser aproximada dobrando a folha de alumínio à volta de um objecto redondo (por exemplo uma peça de 7.5 cm de tubo plástico de canalização.
A dobra maior fica muito próxima da prega, e a ausência do efeito de mola do alumínio manterá o lado de fora como uma curva que mal se nota.
As asas reflectoras podem ser presas ao módulo com parafusos para chapa metálica (cuidado, nunca use o berbequim para furar uma célula solar). Depois é só fazer os ajustes finais na forma e ângulo da asa.

Um Sistema Híbrido de Ar Quente

A figura abaixo mostra duas formas de conduzir o ar através do colector para podermos construir um sistema híbrido de ar quente.
O primeiro incorpora uma cobertura transparente do módulo inteiro para criar uma série completa de câmaras nos espaços entre as asas reflectoras.
A cobertura não é uma má ideia pois protege as células do clima e mantém os reflectores limpos, a um pequeno custo de perda de eficiência por perdas (pequenas) nela própria.
Se o ar circular por essa câmara, a cobertura deve ser duplamente envidraçada.
No segundo método, o ar fica estático acima das células e soprará através do espaço por baixo delas. O vidro simples é suficiente neste caso.
O sistema básico é receptivo a inovações inteligentes que poderão melhorar a eficiência…

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