Pára-Raios e ligação de terra de protecção (parte 2/4)
[…continuação]
Depois de, na primeira parte deste artigo, termos feito, essencialmente, o enquadramento histórico do pára-raios, desde as célebres experiências de Benjamin Franklin com o papagaio até à sua invenção, nesta segunda parte debruçar-nos-emos mais em detalhe sobre os pormenores técnicos da constituição e montagem de pára-raios na actualidade.
Antes vejamos duas animações reveladoras do que pode acontecer a uma estrutura edificada sem protecção contra descargas atmosféricas e, depois, o caso em que essa protecção existe.
Se não conseguir ver as animações, clique na imagem para as ver.
“Faça o seu LOGIN para ver o resto deste post”
[hide for=”!logged”]
Vamos então agora ver o que foi dito atrás, mas de forma mais detalhada.
Os sistemas de protecção contra descargas atmosféricas (sistemas de pára-raios) são compostos por três elementos fundamentais:
– O capturador ou captor
– O cabo de descida
– O eléctrodo de terra
Capturador ou Captor
É a parte que se destina a capturar os raios na zona que protegem.
Os captores podem ser:
– artificiais
– naturais
Veja-se, na figura seguinte, em que consistem os vários tipos e respectivos sub-tipos
É evidente que, para todos serem úteis ao objectivo final, terão de estar ligados, de qualquer forma, ao eléctrodo de terra.
Condutor de Descida destina-se a conduzir a corrente capturada no captor até ao solo, onde se encontra o eléctrodo de terra.
Também esta descida pode ser:
– natural
– artificial
Descida Artificial
Segundo as normas:
– devem ser feitos de cabo de cobre nu com secção igual ou superior a 16mm2, (ou outro metal, tal como ferro galvanizado ou aço com secção maior ou igual a 50mm2),
– o número de descidas tem de ser pelo menos igual a dois
– ser instaladas à vista, fixadas na parede exterior do edifício, com elementos de suporte próprios, tipo roldana, com pelo menos dois elementos de suporte por metro
– cada descida deve conter um ligador, de modo a que se possa depois fazer a medição da resistência do sistema, de modo a verificar se ainda está dentro das normas
Descida Natural
Pode ser feita com as guias de um elevador, escadas metálicas exteriores, etc., embora se deva confirmar se todo o circuito está interligado e se a resistência é baixa, ou seja, dentro dos valores permitidos. A própria armadura metálica do betão do edifício pode ser utilizada. No entanto, estas soluções deverão mais ser utilizadas como complementares, face à sua dificuldade, em geral, de manutenção e verificação.
Eléctrodo de Terra
Pode ser do tipo:
Em anel
Profundidade mínima a colocar: 0,8 m
Radial
Pode ser usado quando o raio do anel seja inferior a 8m
É formado por três condutores de 6 a 8 m de comprimento
Profundidade mínima a colocar: 0,8 m
Cuidados a ter no solo
Como se sabe, o raio transporta uma imensa quantidade de energia.
Embora o sistema de pára-raios impeça a ocorrência de catástrofes, devido à quantidade enorme de energia que é transportada pelo sistema, a zona do solo em redor do ponto até onde é encaminhado o raio, pode ficar sujeita a tensões perigosas para pessoas que se encontrem no local.
Para evitar esse perigo, há algumas medidas que devem ser tomadas:
– Ligar ao eléctrodo de terra, uma malha que cubra uma área de cerca de 5 x 5 m, de modo a aumentar a condutividade do solo;
– Nessa área, colocar um tapete isolante, por exemplo asfalto com 5 cm de espessura;
– Aumentar a profundidade dos eléctrodos para mais de 1m
– Usar eléctrodos de terra em forma de anel, preferencialmente.
[/hide]
0 comentários
Mande uns "bitaites" preenchendo o formulário abaixo.
Deixe-nos um comentário