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Vangelis – “The City”

PÚBLICO QUARTA-FEIRA, 5 DEZEMBRO 1990 >> Pop Rock >> LP’s


VANGELIS
The City
LP e CD, East West, distri. WEA


354º álbum conceptual do homem da eletrónica que tocou com Demis Roussos, esteve quase a dizer Yes e grava de vez em quando, com Jon Anderson, pomposas e líricas liturgias em louvor da grande harmonia cósmica.
Não atingindo a unidade formal e o brilhantismo das obras máximas “China” e “Mask”, ou a originalidade de “See you later”, “Beaubourg” e “Invisible Connections”, “The City” não desce contudo aos abismos de mediocridade de “Spiral” ou “Albedo 0.39”. Uma frase de Homero e um dia na grande cidade foram o pretexto para o grego se lançar em nova demonstração “hi-tech”, mais discreta e subtil que o habitual e a que nem falta, desta vez, o bom gosto. ***

Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #66 – “Subotnik, Tony Conrad, Vangelis, Redolfi… (FM)”

#66 – “Subotnik, Tony Conrad, Vangelis, Redolfi… (FM)”

Fernando Magalhães
22.01.2002 200818
Por uma questão de comodidade, aqui vão algumas notas a comentários de vários forenses:

“Outside the Dream Syndicate” (e não “Beyond”) é um disco de TONY CONRAD (discípulo de LaMonte Young), e não Terry Riley, com os FAUST.
É considerado um clássico do que eu chamo “minimalismo do martelo” 🙂 Já vi o sr. Conrad ao vivo, recentemente, em Serralves, é um verdadeiro cromo!
A audição de “Outside the Dream Syndicate” (TC gravou, já nos anos 90, várias “sequelas” desta obra…pitagórica) pode ser massacrante, da mesma forma que é massacrante o “Metal Machine Music” do Lou Reed.
No caso é um massacre de violino mal tocado (ainda pior do que outro ex.colaborador e LMYoung, John cale, de quem Conrad é, aliás, amigo) acompanhado pela secção rock ultra-repetitiva dos Faust! Mas provoca os seus efeitos…

Do MORTON SUBOTNICK vendi, desgraçadamente, há anos (na esperança, vã, de que o CD seria rapidamente editado…) um álbum intitulado “Return of the Comet” (creio que era este o título…).
Mas o clássico dele é mesmo “Silver Apples of the Moon” (onde é que pensam que os SILVER APPLES se inspiraram para o nome?) que tenciono adquirir em breve na Ananana.

O “Beaubourg”, do VANGELIS, é, de facto, um dos meus preferidos deste compositor grego capaz do melhor e do pior.
Também gosto – bastante mesmo – do “China” e acho piada à pomposidade (apesar de tudo bem conseguida) de “Heaven and Hell”, com a voz belíssima da soprano lírico Vera Veroutis.

MICHEL REDOLFI: Esse espetáculo subaquático já foi montado em Portugal.
Eu vi outro concerto multimédia dele, na Estufa Fria, com o percussionista (e multinstrumentista…) STEVE SHEHAN, outro compositor a merecer referência (tenho 4 ou 5 CDs dele belíssimos, começando pela estreia na Made to Measure, “Arrows”)

saudações

FM

Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #45 – “Pergunta”

#45 – “Pergunta”

Fernando Magalhães
29.11.2001 170549

quote:
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Publicado originalmente por António Guterres
Alguém aqui curte Vangelis?
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A personagem é…digamos…untuosa. Mas…

Não há dúvida de que este grego conta com alguns bons álbuns no meio da sua extensa discografia. Que devem ser ouvidos sem preconceitos.

“Heaven & Hell”, a estreia, alterna momentos bombásticos com promenores belíssimos, como o canto da soprano lírico Vera Veroutis. (7,5/10)

“Beaubourg” (7,5/10) e “China” (8/10) são ambos muito bons. Electrónica “cheia”, sem concessões. Sobretudo “China” consegue transportar-nos de facto para um Oriente virtual, sem cair nas lamechices new age.

“Ignacio”, mais conotado com a música grega, conta com bastantes admiradores. Álbum lírico, introspectivo, sobretudo um dos lados do LP. Já há bastante tempo que não ouço este disco. Sem classificação, portanto.

Depois, não esquecer que gravou “Invisible Connections” (8/10) para a conceituada editora Deutsch Gramophone. Um álbum de electrónica experimental, abstracta, concretista…

“Hypothesis” (7/10) é um álbum de jazz! Quando o ouvi pela primeira vez não acreditei que fosse um disco de Vangelis!!!

“See you Later” (7/10) explora, numa área mais pop, o universo da FC. Canções e ambientes que evocam paisagens do pós-holocausto.

O resto, que devem ser para aí mais uns 40 álbuns, é, na maioria, para esquecer…

FM