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Six Organs Of Admittance – “Six Organs Of Admittance”

(público >> y >> pop/rock >> crítica de discos)
31 Outubro 2003


SIX ORGANS OF ADMITTANCE
Six Organs of Admittance
Holy Mountain, distri. Sabotage
7|10



A diferença entre o génio e o louco não é evidente. Ben Chasny, mentor do projeto pouco convencional Six Organs of Admittance, ou é uma coisa ou outra. Sob uma capa de insondáveis folhagens a negro e prata, albergam-se sete temas sem fronteiras definidas entre o ambiental, o minimalismo e um indisfarçável desequilíbrio mental. “Psicadelismo”, diria o outro!…Senão, como havemos de chamar a “Sum of all heaven”, 17 minutos de arrastamento de órgão marado, ruídos de aparelhagem de som danificada, guitarra arranhada e voz estrangulada? “Shadow of a dune”, com fita a rodar ao contrário (sim, tudo aqui é “lo-fi ”), e “Harmonice mundi II”, eletrónica “from outer space” e guitarra-numa-nota-só, antecedem o “raga” “Race for Vishnu”, manifestação simultânea de uma técnica particular de arrancar sons inusitados à guitarra acústica e de um misticismo pegajoso. “Invitation to the SR for supper” é tão impenetrável como a falsa “world” de Lazslo Hortobágyi e “Don´t be afraid”, a fechar, uma “bad trip” e um aviso. Chasny não é um John Fahey mas o seu delírio tem a virtude de nos desinquietar.



Six Organs Of Admittance – “Six Organs Of Admittance”

31.10.2003
Six Organs Of Admittance
Six Organs Of Admittance
Holy Mountain, distri. Sabotage
7/10

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A diferença entre o génio e o louco não é evidente. Ben Chasny, mentor do projecto pouco convencional Six Organs of Admittance, ou é uma coisa ou é outra. Sob uma capa de insondáveis folhagens a negro e prata, albergam-se sete temas sem fronteiras definidas entre o ambiental, o minimalismo e um indisfarçável desequilíbrio mental. “Psicadelismo”, diria o outro!… Senão, como havemos de chamar a “Sum of all heaven”, 17 minutos de arrastamento de órgão marado, ruídos de aparelhagem de som danificada, guitarra arranhada e voz estrangulada? “Shadow of a dune”, com fita a rodar ao contrário (sim, tudo aqui é “lo-fi”), e “Harmonice mundi II”, electrónica “from outer space” e guitarra-numa-nota só, antecedem o “raga” “Race for Vishnu”, manifestação simultânea de uma técnica particular de arrancar sons inusitados à guitarra acústica e de um misticismo pegajoso. “invitation to the SR for supper” é tão impenetrável como a falsa “world” de Lazslo Hortobágyi” e “Don’t be afraid”, a fechar, uma “bad trip” e um aviso. Chasny não é um John Fahey mas o seu delírio tem a virtude de nos desinquietar.