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Jethro Tull – “Nightcap”

pop rock >> quarta-feira, 08.12.1993


Jethro Tull
Nightcap
2xCD Chrysalis, distri. EMI-VC



Surpresa das surpresas: “Nightcap” não provoca qualquer tipo de alergia auditiva, ao contrário da maioria dos discos recentes da banda de Ian Anderson, conseguindo mesmo suportar ser ouvido com prazer na totalidade, de preferência com um intervalo pelo meio. Trata-se de mais um disco desenterrado dos arquivos, de “unreleased material”, neste caso de estúdio e de muito razoável qualidade. Temas que ficaram de fora da discografia oficial dos Tull ou por serem demasiado parecidos com alguns dos escolhidos (e a pecha principal) deste disco reside precisamente num excesso de previsibilidade de alguns deles), ou, pela razão oposta, demasiado diferentes, como é o caso do estranhíssimo “Law of the bungle, part II”. São canções dos Jethro Tull de primeira apanha, da época dos épicos “Thick as A Brick” e 2ª Passion Play”, com tudo o que fez a sua glória de então: a flauta encantada, as vocalizações de trovador alucinado e a pose de Ian Anderson, o “progressivismo” entendido como uma mistura de “nursery rhymes”, blues, rock e a tradição folk inglesa. Os lucros de venda do disco revertem para a Balnain House, Home of Highland Music, na Escócia, e The Animal Health Trust. A ouvir por partes, de preferência à hora do chá. (6)

Jethro Tull – “25 th Anniversary”

pop rock >> quarta-feira >> 28.04.1993
REEDIÇÕES


Jethro Tull
25 th Anniversary
4 x CD Chrysalis, distri. EMI-VC



Mais um tirinho, mais um aniversário, mais uma prenda com embalagem de luxo para encher o olho e oferecer aos paizinhos. As bodas de prata dos Jethro Tull vêm arrumadas na forma de quatro discos compactos, mais o livro da ordem (48 páginas, informação sobre a carreira e discografia completa do grupo), dentro de uma caixa a fingir de tabaco. O que difere, para melhor, de um objecto como o ultravistoso pacote dos Pink Floyd lançado recentemente é a ideia de fazer esta celebração de forma “subjectiva”, segundo expressão da editora. Por outras palavras, oferecer algo de novo de uma banda que, em meados da década de 60, começou por ser de blues, embarcou, na passagem para a década seguinte, no comboio da música progressiva, passou por fases acústicas de cara virada para a folk, pelo rock pesado, pelo sinfonismo, para finalmente se arrastar até aos dias de hoje na lama do “mainstream”.
Assim, o primeiro CD dos festejos apresenta novas misturas de canções clássicas: “A song for Jeffrey”, “Living in the past”, “The witch’s promise”, “Ministrel in the gallery” e “Songs from the wood”, entre outras. O segundo é a gravação ao vivo de um concerto na Carnegie Hall de Nova Iorque, de 1970. O terceiro, de genérico “The Beacons Bottom”, alterna solos dos vários músicos com versões alternativas de temas como “Thick as a brick” (abreviado), “My god” e “Aqualung”. Finalmente, o quarto CD regressa aos registos ao vivo, desta feita recolhidos entre 1969 e 1992.
Um conjunto estranho de opções, como se vê, de interesse sobretudo para os admiradores de longa data de uma banda que se pode orgulhar de contar no seu currículo com obras da envergadura de “Aqualung”, “Thick as a Brick”, “A Passion Play”, “Songs from the Wood”, “Heavy Horses” e “Minstrel in the Gallery”, aquelas em que ficou mais vincada a visão do seu líder Ian Anderson, o trovador / flautista / cantor que se aguentava a tocar numa perna só. (6)

Jethro Tull – “Nightcap”

pop rock >> quarta-feira, 08.12.1993


Jethro Tull
Nightcap
2xCD Chrysalis, distri. EMI-VC



Surpresa das surpresas: “Nightcap” não provoca qualquer tipo de alergia auditiva, ao contrário da maioria dos discos recentes da banda de Ian Anderson, conseguindo mesmo suportar ser ouvido com prazer na totalidade, de preferência com um intervalo pelo meio. Trata-se de mais um disco desenterrado dos arquivos, de “unreleased material”, neste caso de estúdio e de muito razoável qualidade. Temas que ficaram de fora da discografia oficial dos Tull ou por serem demasiado parecidos com alguns dos escolhidos (e a pecha principal) deste disco reside precisamente num excesso de previsibilidade de alguns deles), ou, pela razão oposta, demasiado diferentes, como é o caso do estranhíssimo “Law of the bungle, part II”. São canções dos Jethro Tull de primeira apanha, da época dos épicos “Thick as A Brick” e 2ª Passion Play”, com tudo o que fez a sua glória de então: a flauta encantada, as vocalizações de trovador alucinado e a pose de Ian Anderson, o “progressivismo” entendido como uma mistura de “nursery rhymes”, blues, rock e a tradição folk inglesa. Os lucros de venda do disco revertem para a Balnain House, Home of Highland Music, na Escócia, e The Animal Health Trust. A ouvir por partes, de preferência à hora do chá. (6)