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Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #83 – “DAT Politics Impressões sobre o concerto (FM)”

#83 – “DAT Politics Impressões sobre o concerto (FM)”

Fernando Magalhães
01.03.2002 150346
1 – Os DAT Politics transformaram-se, de facto numa banda pop (suspiro…) francesa…
Devia ter ficado calado e nunca ter mandado a “tal” piada…

2 – Os DAT Politics fizeram na ZDB uma música…divertida. O que era a última coisa que eu esperaria achar de um concerto deles…

3 – Os DAT Politics são, hoje, uma banda igual a muitas outras. Andaram a ouvir os discos da Stora, tornaram-se amigos do Felix Kubin e tudo isso se refletiu num aligeiramento e maior acessibilidade da sua música.

4 – Os DAT Politics distinguem-se, porém, por tocarem de facto e de sugerirem um verdadeiro entusiasmo pela música que fazem. Há um swing eletrónico constante, a par do sentido de humor e de um tipo interessante de virtuosismo nos laptops.

5 – Os DAT Politics foram no concerto da ZDB uma banda marcada pela música dos anos 80. Caixas-de-ritmo, beat ora industrial ora electropop. Sequências de “Radio Activity” dos Kraftwerk, citações aos New Muzik, Automatic Kids, Cabaret Voltaire e, sobretudo, aos Tubeway Army, de Gary Numan, o qual, parecendo que não, se está a tornar uma espécie de guru do tal “nouveau Disko”…

6 – Os DAT Politics obrigam-me, enfim, a procurar noutras latitudes a indispensável dose de aventura e desconhecido. Já temos a “famosa banda pop francesa”. Falta olhar para o escuro, onde em geral se esconde e prepara o futuro.

FM

Dat Politics – “Tracto Flirt”

(público >> y >> pop/rock >> crítica de discos)
19 Setembro 2003

DAT POLITICS
Tracto Flirt
Tigerbeat6, distri. Ananana
9|10



Alguém falou em electroclash? De orgasmos ciborgues importados dos 80’s e da máquina de afagos sexuais inventada por Wilhelm Reich? Os DAT Politics oferecem garantias de prazer máximo à distância de uma SMS. Arrumem numa disquete a espacialidade dos Kraftwerk, a subvida digital dos Pansonic e a batida enguiçada dos Daft Punk, desenhem no rótulo o “smile” das “funny electronics”, baixem a intensidade de corrente no capacete de tortura à mioleira chamado “Villiger” com que os DAT Politics vos puseram os cabelos em pé, e terão uma ideia de como soa esta reedição em CD de um dos primeiros discos desta banda de Lyon que faz com os “laptops” o mesmo que Hendrix fazia com a guitarra. Ou seja, tudo. A diferença entre “Villiger” ou “Plugs Plus”, manifestos de ruído conceptual, e “Tracto Flirt”, é que este põe a funcionar as roldanas e ligações nervosas com que o cérebro dá ordem para dançar. O “groove” tem código de barras mas é infeccioso e divertido. Qual boneca insuflável de ligar à tomada, “Tracto Flirt” condensa a energia do rock & roll nos arquétipos sexualidade mais eletricidade. E não se gasta. Em comparação, as Chicks on Speed ou Peaches (com ou sem barba) parecem donzelas.



DAT Politics – “Tracto Flirt”

19.09.2003
DAT Politics
Tracto Flirt
Tigerbeat6, distri. Ananana
8/10

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Alguém falou em electroclash? De orgasmos ciborgues importados dos 80’s e da máquina de afagos sexuais inventada por Wilhelm Reich? Os DAT Politics oferecem garantias de prazer máximo à distância de uma SMS. Arrumem numa disquete a espacialidade dos Kraftwerk, a subvida digital dos Pansonic e a batida enguiçada dos Daft Punk, desenhem no rótulo o “smile” das “funny electronics”, baixem a intensidade de corrente no capacete de tortura à mioleira chamado “Villiger” com que os DAT Politics vos puseram os cabelos em pé, e terão uma ideia de como soa esta reedição em CD de um dos primeiros discos desta banda de Lyon que faz com os “laptops” o mesmo que Hendrix fazia com a guitarra. Ou seja, tudo. A diferença entre “Villiger” ou “Plugs Plus”, manifestos de ruído conceptual, e “Tracto Flirt”, é que este põe a funcionar as roldanas e ligações nervosas com que o cérebro dá ordem para dançar. O “groove” tem código de barras mas é infecciosos e divertido. Qual boneca insuflável de ligar à tomada, “Tracto Flirt” condensa a energia do rock ‘n’ roll nos arquétipos sexualidade mais electricidade. E não se gasta. Em comparação, as Chicks on Speed ou Peaches (com ou sem barba) parecem donzelas.