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Cuarteto Cedron – “Luzes De Buenos Aires” (concertos | antevisão)

pop rock >> quarta-feira, 31.03.1993


LUZES DE BUENOS AIRES

O Cuarteto Cedron cultiva a paixão trágica por Buenos Aires e pelo tango, “esse tango irremediavelmente urbano, que exalta a dor, as ilusões perdidas, os rostos de todos os exílios e que é o reflexo e a síntese da cidade”, nas palavras de Jorge Luís Borges. Juan Cedron (guitarra), Roman Cedron (contrabaixo), Miguel Praíno (violeta) e Daniel Cabrera (bandoneon) relatam, ainda segundo as palavras de Borges, a mesma “viagem através do tempo” de “memória e esquecimento” pela pela alma argentina empreendida por Astor Piazzola durante toda a sua vida.
Como Piazzola, os músicos do Cuarteto Cedron reflectem a convergência de culturas alheias com a realidade social da capital argentina, Buenos Aires, uma das metrópoles mais populosas do planeta. Assim o tango se assume, como sempre foi, dança de sedução e desafio, mas também manifestação de luta e afirmação individual. Encadeamento de tensões capaz de tornar únicos e provocantes os movimentos de um par que rodopia impelido pelos requebros de um bandoneon.
Formado em 1964 na capital argentina, o Cuarteto Cedron abriu no ano seguinte, nessa cidade, o café-concerto Gotan, tendo aí tocado com Eduardo Ravira, Osvaldo Tarantino, Astor Piazzola e Steve Lacy. Ao longo da década de 70 lançou uma série de álbuns, nos quais musicaram as palavras de Brecht, Dylan Thomas e dos seus compatriotas Cortázar, Gonzalez Tunon, Gelman e Jorge Luís Borges. Um deles, em sintonia com a tradição do Sul de França – gravado no ano seguinte, em 1975, ao seu estabelecimento neste país -, de canções de amor da Occitânia. Anos antes tinham sido as digressões com o espanhol Paco Ibanez e o gaulês François Rabbhat.
Na sua obra mais recente, “Tango Primeur”, o Cuarteto Cedron recupera os primórdios do tango argentino e as “milongas” que, em diferente contexto, Paolo Conte costuma levar ao absurdo. Carlos Gardel, se fosse vivo, aprovaria.
Hoje e a 1, 2 e 3 de Abril, em LISBOA, Instituto Franco-Português, 21h30
PORTO, dia 5, Teatro Rivoli, 22h
Preço dos bilhetes: 2000$00, 1500$00 (estudantes) e 1200$00 (Carte Plus)

Cuarteto Cedron – “Luzes De Buenos Aires” (concertos)

pop rock >> quarta-feira, 31.03.1993


LUZES DE BUENOS AIRES

O Cuarteto Cedron cultiva a paixão trágica por Buenos Aires e pelo tango, “esse tango irremediavelmente urbano, que exalta a dor, as ilusões perdidas, os rostos de todos os exílios e que é o reflexo e a síntese da cidade”, nas palavras de Jorge Luís Borges. Juan Cedron (guitarra), Roman Cedron (contrabaixo), Miguel Praíno (violeta) e Daniel Cabrera (bandoneon) relatam, ainda segundo as palavras de Borges, a mesma “viagem através do tempo” de “memória e esquecimento” pela pela alma argentina empreendida por Astor Piazzola durante toda a sua vida.
Como Piazzola, os músicos do Cuarteto Cedron reflectem a convergência de culturas alheias com a realidade social da capital argentina, Buenos Aires, uma das metrópoles mais populosas do planeta. Assim o tango se assume, como sempre foi, dança de sedução e desafio, mas também manifestação de luta e afirmação individual. Encadeamento de tensões capaz de tornar únicos e provocantes os movimentos de um par que rodopia impelido pelos requebros de um bandoneon.
Formado em 1964 na capital argentina, o Cuarteto Cedron abriu no ano seguinte, nessa cidade, o café-concerto Gotan, tendo aí tocado com Eduardo Ravira, Osvaldo Tarantino, Astor Piazzola e Steve Lacy. Ao longo da década de 70 lançou uma série de álbuns, nos quais musicaram as palavras de Brecht, Dylan Thomas e dos seus compatriotas Cortázar, Gonzalez Tunon, Gelman e Jorge Luís Borges. Um deles, em sintonia com a tradição do Sul de França – gravado no ano seguinte, em 1975, ao seu estabelecimento neste país -, de canções de amor da Occitânia. Anos antes tinham sido as digressões com o espanhol Paco Ibanez e o gaulês François Rabbhat.
Na sua obra mais recente, “Tango Primeur”, o Cuarteto Cedron recupera os primórdios do tango argentino e as “milongas” que, em diferente contexto, Paolo Conte costuma levar ao absurdo. Carlos Gardel, se fosse vivo, aprovaria.
Hoje e a 1, 2 e 3 de Abril, em LISBOA, Instituto Franco-Português, 21h30
PORTO, dia 5, Teatro Rivoli, 22h
Preço dos bilhetes: 2000$00, 1500$00 (estudantes) e 1200$00 (Carte Plus)