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Arovane – Atol Scrap

07.07.2000
Arovane
Atol Scrap (7/10)
Din, distri. Symbiose

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Apontados com toda a justiça como os precursores de quase tudo o que nas décadas de 80 e 90 se desenvolveu à sombra do conceito “música electrónica”, das várias modalidades de dance music de cariz tecno anunciadas em “Trans Europe Express” ao industrialismo protagonizado na sua faceta mais experimentalista nos seminais “Kraftwerk” e “Kraftwerk 2”, os Kraftwerk fazem sentir agora, de igual modo e com renovada intensidade, a sua influência também na electrónica mais ambiental, sobretudo nas novas correntes “electro” com sede na Alemanha. E, se Brian Eno surge como o inventor do ambientalismo na sua forma mais extática e funcional, foram, contudo, Ralf Hutter e Florian Schneider que lhe aparafusaram o swing, em temas como o cristalino “Ananas symphonie”, do álbum “Ralf & Florian”, e o cósmico “Kometenmelodie 2”, de “Autobahn”. É sobretudo este balanço subtil que os Arovane, mais uma banda-de-um-só-músico, neste caso Uwe Zahn, descansam, num álbum que também não anda longe dos glaciares siderais dos Biosphere, nem das computações impressionistas do menos conhecido François Éli Roulin, músico francês autor de “Disque Rouge”. Mas é sobretudo na escola do norueguês Erik Wollo, de “Traces”, “Images of Light” e “Solstice”, que “Atol Scrap” se encaixa com maior naturalidade. As texturas de vidro e cristal e as programações de ambient tecno abrem compartimentos acústicos bem arejados postos a vibrar por um “Groove” que nas suas progressões mais hipnóticas (“Thaem nue”, “Norvum”, “Revart amx”) o prefiguram ainda como irmão introvertido dos Rechenzentrum.