pop rock >> quarta-feira >> 04.05.1994
Crazy Horse
Crazy Horse
Reprise, distri. Warner Music Port.
Os Crazy Horse, ex-Rockets – inicialmente, um trio composto por Ralph Molina, Billy Talbot e Danny Whitten – foram recrutados por Neil Young pela primeira vez em “Everybody Knows This Is Nowhere”, de 1969, o Segundo álbum deste artista canadiano. Ao longo dos anos, Young voltaria a chamá-los para diferentes projectos, desde “Comes a Time” e “Rust Never Sleeps” ao epifenómeno “Trans”. Em 1971, os Crazy Horse publicam este seu primeiro trabalho homónimo, já como quarteto, com a inclusão de Jack Nitzsche no piano, aos quais se vieram juntar no disco a guitarra de Nils Lofgren e a “slide guitar” de Ry Cooder, como convidados. “Crazy Horse tornou-se, desde logo, um clássico do rock norte-americano com raízes rurais. Volvidos 23 anos sobre a edição original, mantêm-se intactas a frescura e energia originais. Aqui estão canções que ficaram na memória, como “Dance, dance, dance”, um original de Neil Young, e “Downtown” (parceria de Young com Whitten), as guitarras encharcadas de ácido de “Beggars day” ou a euforia “hippie” de “Look at all the things” – um marco dos tempos em que as máquinas eram escravas dos homens e não o contrário. Tempos áureos do rock, antes do próprio Young vir dizer que “há mais coisas na imagem do que as que os olhos podem ver”. (8)