Arquivo da Categoria: Punk

Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #119 – “Punk’76 (FM)”

#119 – “Punk’76 (FM)”

Fernando Magalhães
24.06.2002 180613
Punk? Genuíno?

“Blank Generation” – RICHARD HELL & THE VOIDOIDS (76)

“Ramones” – RAMONES (76)

“PUNK ROCK -Term originally given to garage-band USA rock early-to.mid ’60’s (STANDELLS, SHADOWS OF KNIGHT – comprei recentemente deles o “Back Door Men”)… – groups collected on “Nuggets”, Lenny Kaye’s seminal compilation), later to UK music of ’76 onwards, played by groups such as SEX PISTOLS, CLASH and BUZZCOCKS” – in “The Penguin Encyclopedia of Popular Music”

FM

Red Baron
25.06.2002 111156
e ainda………….
Eddie and the Hot Rods
Damned
School girl bitch
Slaughter and the dogs
UK subs
Wire
Cash pussies
Generation X
Suburban studs
Undertones

Fernando Magalhães
25.06.2002 140254
Exatamente. Tnx. Era aí que eu queria chegar. O espírito punk viveu de facto, nestas bandas (ainda me lembro de um “concerto” dos EDDIE & THE HOT RODS no Coliseu! Ena!!!! O volume estava de tal forma elevado que as pessoas fugiram todas para o lado mais afastado do palco, criando uma clareira enorme no centro da sala: ESPETACULAR!)

Quanto ao valor musical dos nomes que conheço:

THE UNDERTONES: Adoro. Tenho o “Hypnotized” (que não é punk… :rolleyes : )

WIRE: Não o “Pink Flag” mas “154” – álbum fascinante mas, lá está, os WIRE tinham verdadeiros músicos. BRUCE GILBERT, COLIN NEWMAN (excelentes discos de pop excêntrica, os que gravou a solo), GRAHAM LEWIS. Qualquer deles evoluiu porque TINHA CAPACIDADES PARA TAL.

Os THE DAMNED gravaram um álbum incrível com o veterano saxofonista de jazz inglês (muito ligado ao Progressivo, de resto…) LOL COXHILL (o “Music for Pleasure”, de 1978, com produção de NICK MASON dos…PINK FLOYD).

GENERATION X, UK SUBS (interessantes), SLAUGHTER AND THE DOGS, DEAD BOYS- Punk em estado puro. Musicalmente, ZERO, claro… 😀 😀 😀

Nunca achei piada nenhuma aos MODERN LOVERS, por mais que tentasse… o/

FM

Fernando Magalhães no “Fórum Sons” – Intervenção #62 – “Hector zazou + Sandy dillon (thePreacher)”

#62 – “Hector zazou + Sandy dillon (thePreacher)”

Fernando Magalhães
18.01.2002 180650
A música do Hector Zazou está ao seu melhor nível, numa linha algo industrial pouco habitual nas suas gravações mais recentes.
Quanto à voz da Sandy Dillon, soa demasiado punk e gritada para meu gosto. Mas é apenas a minha opinião.

Voltando ao Zazou, considero o “Les Chansons…” um dos seus álbuns mais fracos.

Recomendo vivamente os seguintes: “Noir et Blanc” (nunca a música de computadores soou tão funky…), “Reivax au Bongo” (o classicismo angelical de um lado + o humor afro telenovelístico, do outro!), “Géographies” e “Géologies” (neo-classicismo surreal).

E que tal procurar o “Satieano” e absolutamente original “Barricades”, ainda com o grupo ZNR (Zazou + Joseph Racaille)?

FM

Fernando Magalhães
18.01.2002 190703

Já agora, uma retificação :). O “Les Chansons…” até nem é um dos álbuns mais fracos do HZ, como escrevi há pouco. Confundi-o com um que ele gravou a seguir, já muito voltado para a eletrónica de dança.
Digamos que coincide com o período de transição da época áurea para o período dos $$$$$$$.

FM

Foetus Inc. – “Sink”

PÚBLICO QUARTA-FEIRA, 13 JUNHO 1990 >> Videodiscos >> Pop


FOETUS INC.
Sink
LP e CD Self-Immolation/Some Bizarre, import. Contraverso



Foetus Under Glass, You’ve Got Foetus On Your Breath, Phillip And His Foetus Vibrations, Foetus Over Frisco, Scraping Foetus Off The Wheel, Foetus Art Terrorism, The Foetus of Excellence, The Foetus All Nude Revue, Foetus Interruptus e agora Foetus Inc., são outras tantas designações para a genial paródia de Jim Foetus, alias Clint Ruin, alias Jim Thirwell. “Sink” é o sexto álbum da personagem, como os anteriores (“Deaf”, “Ache”, “Hole”, “Nail” e “Thaw”) com apenas quatro letras. O disco em questão é duplo e reúne máxis antigos não incluídos em álbuns anteriores. Foetus (chamemos-lhe assim, por comodidade de escrita) encarna o espírito niilista dos Einsturzende Neubauten, substituindo a distância intelectual e conceptual da banda berlinense por uma vivência pessoal, em carne-viva, do caos e da desagregação. “The Art of Falling Apart”, se quisermos, parafraseando o título dos Soft Cell, processada metodicamente segundo técnicas de demolição/reconstrução da personalidade referidas, de resto, no termo “Self-Immolation”, escolhido para selo de tão subversivas atividades. Crucificação, chacina, doença, violência, poder, são alguns dos tópicos preferidos e magistralmente tratados na totalidade da obra do mestre do horror, atingindo dimensões épicas à custa de um tratamento sonoro grandioso e de uma utilização única das potencialidades da voz. Foetus transforma a agonia em espetáculo de “music-hall”, dando a ver, sob uma luz intoleravelmente branca e clínica, as chagas abertas de uma humanidade à beira do fim. Depois de Foetus o “show” já não pode prosseguir.