30.06.2000
Anthony Rother
Simulationszeitalter (5/10)
Pso49net, distri. Symbiose
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pwd: mov-world.net
Nome com algum crédito na cena tecno, Anthony Rother perdeu parte desse prestígio quando decidiu fazer este “Simulationszeitalter”. A embalagem em digipak é fantástica e faz, de facto, jus ao título: uma simulação quase perfeita de.. uma embalagem de CD, vista à transparência. A música também é uma simulação mas está longe de ser perfeita. Das programações aos timbres de sintetizador, das vocalizações filtradas por Vocoder aos textos/curtos manifestos de alerta contra os perigos da idade do plástico e da informação, passando pelos próprios títulos das faixas (“Data base/Nuclear winter”, “Bio mechanics”, “The age of simulation”…), “Simulationszeitalter” é uma cópia descarada dos Kraftwerk, da fase “Trans Europe Express” e “The Man Machine”. O mal não está tanto na “simulação2 em si (contar-se-ão por centenas os obcecados em clonar a música da dupla Ralf e Florian) como na absoluta falta de ideias que a atravessa de ponta a ponta. Rother tenta correr pela auto-estrada analógica dos magos de Düsseldorf mas é visível que o motor da sua viatura não está à altura da via de circulação. Onde a música dos Kraftwerk consegue fazer a maquinaria planar (um segredo e uma técnica que até hoje ninguém conseguiu decifrar…) Anthony Rother pisa com estrondo o alcatrão, jamais conseguindo descolar. A diferença entre um protótipo de desporto e um carro de assalto.