#134 – “Peter Hammill info, please (MárioZ)”
Fernando Magalhães
24.09.2002 150359
Ok, com prazer.
Em termos de som, a coisa está um nadinha melhor do que com os VDGG.
Mesmo assim, no caso da obra-prima e melhor disco a solo do PH (que equiparo, em qualidade, ao “Pawn Hearts”), “In Camera” (1974), a gravação está longe da perfeição. Mas a música dá para impressionar, mesmo assim.
Além do “In Camera”, são excepcionais, em registos diferentes:
– Chameleon in the Shadow of the Night (73)
– The Silent Corner and the Empty Stage (74)
(os 2 anteriores a “in Camera”, ao quais se poderá juntar a o álbum de estreia, um primor de pureza e idealismo, “Fool’s Mate”, 71)
– Nadir’s Big Chance (o disco “punk”, 75)
– Over (um dos maiores discos de baladas de sempre, 77)
– The Future Now (78) + PH7 (79) + A Black Box (80) – a “trilogia” electrónica a “preto e branco”.
Os discos dos an0s 80 são muito bons, sem dúvida, mas serão talvez demasiado standartizados, estilo “PH vintage”, sem grandes surpresas.
Os anos 90 valem a pena por:
– “Out of Water” (90, sempre a crescer nas minhas preferências, estranho)
– Fireships (92)
– Roaring Forties (94)
– Xmy Heart (96)
– Everyone you Hold (97)
– This (98)
– None of the Above (2000)
Há mais, claro…
E tens as 2 versões (de 1991 e 1999) da ópera “The Fall of the House of Usher”, inspirada no conto homónimo de Edgar Allan Poe…
saudações hammillianas
FM
PS-Não tenho tempo para notas mais detalhadas sobre cada disco, pelo menos por agora (3 páginas de Rolling Stones p/ escrever p/o Y…)
Fernando Magalhães
24.09.2002 231105
Er…dos anos 90, para fazer distinções,teria que os ouvir de novo – mas são todos bons! 😀
Quanto aos restantes álbuns que cito, pertencem todos à linha “Hammill hardcore”, para usar o teu termo.
“Chameleon…” e “The Silent Corner…” estão muito na linha dos VDGG, mais progressivos e diversificados, alternando baladas (sobre a infância, a religião, a solidão..) com divagações de space rock e delírios cósmico-existenciais.
“Nadir’s…” é rock, à maneira dele, claro! 😀
Mas tenho ideia de que serás, para já, sobretudo sensível à tal trilogia formada por The Future Now, PH7 e A Black Box.
Quanto ao “In Camera”, recomenda-se não seguir demasiado perto quer a música quer os textos, sob pena de graves danos na sanidade mental. “Tapeworm” é o rock de um deus. “Gog”/”Magog (in bromine chambers)” a BSO do Apocalipse-numa-pessoa-só! Terrível e grandioso.
FM