Fernando Magalhães
10.09.2001 160412
Olá a todos. Finalmente de regresso ao…grunf…trabalho!
Mas as saudades, sobretudo do pessoal do forum, já eram muitas…Por isso é bom voltar.
Depois desta introdução lamechas – chuif – vamos ao que interessa: a paleontologia. E os dinossáurios. Sabiam que se está a chegar à conclusão que muitos deles tinham o corpo coberto de penas? É verdade… Só falta dizer agora que tinham mas era o corpo coberto de jardéis e que…
Bom, mas chega de palhaçada.
Vamos à música:
O PETER HAMMILL tem um álbum novo, magnífico, para não variar. Chama-se “What, now?” e revela-o num pico de forma notável. O homem está prestes a explodir (de novo…) e pressente-se que está próximo de fazer algo parecido e com a mesma carga apocalíptica de “In Camera”.
O tema central é o tempo, o fim, o confronto final com o ego. Também um retorno aos ataques ferozes à igreja (olá Herbsman!). E o amor, tratado de forma sublime, claro! Vale a pena seguir atentamente os poemas.
A música e as vocalizações são poderosas. A electrónica ocupa um lugar de destaque, como nos tempos de “The Future now” e “PH7”. Mas a marca instrumental pessoalíssima de PH, o seu piano e guitarras saídas do fundo da alma, gritam e oram e gemem e exploram os confins do mundo e do espírito. Como sempre, sem concessões de qualquer espécie. PH é o último romântico, o génio absoluto da música deste século. Este álbum confirma-o!
Uma chamada de atenção para as reedições remasterizadas dos álbuns do CARAVAN, expoentes do som de Canterbury dos anos 70. Quem aprecia os 1ºs SOFT MACHINE não deverá perder. Para a semana farei um “especial Canterbury” no “Y”, a propósito destas reedições.
Para que conste os álbuns são “If I Could do it all over again, I’d do it all over you” (9/10), “In the land of Grey and Pink” (10/10), “Waterloo Lily” (8/10), “For Girls who Grow Plump in the Night” (7,5/10), “Caravan & The New Symphonia” (ao vivo, 6/10) e “Cunning Stunts” (6,5/10).
Os três primeiros são fundamentais.
Para o Rat-tat-tat: Escrevi há uns meses no “Y” sobre os EMBRYO. Um texto grande sobre cinco álbuns deste grupo alemão pioneiro da fusão do free-rock com música étnica e jazz. Imagina um cruzamento de Soft Machine afreakalhados, batuques africanos, raga indiano, improvisação sobre ácido “a la GURU GURU” e jazz rock…
Vou procurar o texto e depois faço um “copy & paste”.
saudações de regresso “ao vício”
Fernando Magalhães