Sons de Lisboa – “Soltando Amarras”

POP ROCK

12 de Junho de 1996

portugueses

Sons de Lisboa
Soltando Amarras

PHILIPS, DISTRI. POLYGRAM


sl

Está certo que se queira ser universalista, mas encher a capa de caracteres japoneses, incluindo a tradução, para esta língua, dos nomes das faixas, também é de mais. O dar-se-á o caso da edição posta no mercado nacional ser japonesa? Os Sons de Lisboa – um trio de guitarras acústicas, incluindo a portuguesa – pretendem fazer a síntese dos sons atlânticos, fado, bossa-nova, morna, de uma forma levezinha, com muita saudade e reverberação new age. Estamos a ver um binóculo apontado à Expo-98 ou é só ilusão de óptica? As rapsódias “listener’s digest” são agradáveis, a “Canção do mar” vem a propósito, os temas são na generalidade reconhecíveis e o trio – Joaquim da Costa Branco, Carlos Carvalho e Vital d’Assunção – cumpre com brio a tarefa de embaixadores do “fado, música portuguesa, música do mundo”. Foi o que fez sempre Carlos Paredes, mas sem piscadelas de olho ao turista e com os dedos em fogo e em sangue. “Soltando Amarras” ouve-se bem ao pôr do sol, num miradouro de Alfama ou junto às ameias do castelo. Ou na esplanada do último andar do Sheraton, antes de ser servido o jantar. (5)



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