Pop Rock
29 JANEIRO 1992
JOHN O’KANE
Solid
LP/CD, Circa, distri. Edisom
John O’Kane deve agradecer a Peter Gabriel por este, além de lhe ter cedido o estúdio Real World, ainda lhe ter emprestado o baterista Manu Katché e lhe ter sugerido o título (um portento de originalidade) para o álbum. Depois da audição de “Solid”, ficamos a gostar um bocado menos de Peter Gabriel, por ter contribuído para a feitura de semelhante horror. John O’Kane lembra o pior de Phil Collins e Steve Winwood. Se consideramos que o lado “melhor” destes dois autores se aproxima, não poucas vezes, do execrável, temos todas as razões para fugir a sete pés deste escocês radicado em Londres que “acordou um dia decidido a fazer carreira como cantor”. Dia fatídico em que alguém deveria tê-lo impedido de acordar. “Solid” é aquilo que os ingleses e americanos chamam MOR (“middle of the road”) quando querem dizer que “não é nada”. Dizem que John O’Kane “chegou para ficar”. Se assim for, o melhor é nós começarmos já a fazer as malas. (2)