Tuatara – Breaking The Ethers

21.05.1997
Tuatara
Breaking The Ethers
EPIC, DISTRI. SONY MUSIC

tuatara_breakingtheethers

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Os Tuatara são um caso típico em que a soma difere em absoluto da natureza da parcelas. Uma audição “cega” indica estarmos em presença de um grupo de fusão, nas proximidades do jazz de colorações étnicas. Saxofones, percussões acústicas, um didjeridu e, sobretudo, a presença quase constante de vibrafones e marimbas, remetem a música dos Tuatara para estes domínios. Citam-se influências: Ennio Morricone, Roland Kirk, Miles Davis, Zakir Hussain, Charles Mingus. Mas consulte-se a ficha técnica e avalie-se a proveniência de cada um dos elementos do grupo. O espanto instal-se. Barrett Marvin (bateria, vibrafone, marimba, “steel drums”, violoncelo e “sitar”) tocou bateria nos Screaming Trees. Justin Harwood (baixo, guitarra acústica, piano, vibrafone e percussão) é um dos fundadores dos Luna. Peter Buck (guitarras acústica e “slide”, saltério e bandolim), todos o conhecem dos R.E.M. o quarto elemento, Sharuk (saxofone, “steel drums”, vibrafone e percussão), além de um par de gravações com a sua própria banda, os Critters Buggin, tocou em formações de “west coast rock”, “funk” e “jazz”. Para aumentar a confusão, registe-se ainda a participação dos convidados Mike McCready, dos Pearl Jam (os Tuatara nasceram em Seattle…) e Steve Berlin, dos Los Lobos. a questão resume-se a saber quem irá pegar neste híbrido, sem dúvida atraente, dos Tuatara, se o órfão das descargas eléctricas de Seattle, em desespero de causa, se o cidadão bem acomodado que gosta de “jazz rock” e da música das baleias e golfinhos. “breaking the Ethers” é um enigma que não vale apena resolver. ao ouvir um tema como “Darl State of Mind”, quem tiver idade para se poder lembrar, há-de citar instantaneamente o nome dos Gong, na altura em que este grupo era liderado por Pierre Moerlen. Serve de pista? (7)

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