15.12.2000
Alog
Red Shift Swing
Rune Grammofon, distri. Dargil
8/10
Com data de edição já do ano passado, este segundo álbum dos noruegueses Alog, Espen Sommer Eide e Dag-Are Haugan, surge como um corte de corrente na electrónica de dança ao mesmo tempo que constitui um balão de oxigénio para o depauperado pós-rock. Armado de sopros, percussões, cordas, sintetizadores e gravações de campo, “Red Shift Swing” é um pouco a versão rock da estética jazzy dos Supersilent e, como esta, assente na improvisação. Loops de nevoeiro, sequências de terror à maneira dos Severed Heads que desembocam em simulacros de “chill out”. Câmaras de tortura, relojoaria avariada, descargas de falso easy-listening (dos Köhn), lampejos dos Cluster industriais através de um néon fantasmagórico (o fantástico título-tema) e títulos como “Popol Vuh” (homenagem aos berlinenses dos anos 70?) e “A Regular Hexagon is found traced in the sand of some beach” tornam “Red Shift Swing” um sério concorrente ao último dos Gybe.