Aquisição e Tratamento de Dados – Teoria (10): Extensómetros – Sensores de Deformação
Extensómetros
Os extensómetros são os dispositivos mais utilizados para medir forças, ou mais particularmente, deslocamentos/deformações resultantes de forças. O tipo mais comum é o ligado a resistência, que consiste num material resistivo, habitualmente um filme metálico de uns poucos mícrones de espessura, ligado a uma placa traseira de poliéster ou papel.
Extensómetro ligado a resistência típico
O extensómetro funciona baseado no princípio de que quando esticado/deformado, o comprimento, a secção e a resistividade do filme metálico varia, fazendo assim, por consequência, variar também o valor da resistência do condutor. Quando fixado a uma unidade em teste através de um adesivo, ou de outra forma qualquer, o extensómetro sofre o mesmo esticamento/deformação de toda a unidade. A quantidade de esticamento/deformação pode ser medida através da detecção da variação na sua resistência. Sabe-se que variação no comprimento do extensómetro é pequena e que a relação entre resistência e esticamento/deformação é linear.
A relação entre a percentagem de variação na resistência e a percentagem de variação no comprimento, é conhecido como o ‘calibre’ (C) e é uma medida da sensibilidade do extensómetro.
C = (ΔR/R0) / (ΔL / L0) = 1 + 2σ + [(Δρ / ρ) / (ΔL / L0)]
Em que:
R0 – resistência em ohms
ρ – resistividade em ohms por metro
L0 – comprimento em metros
ΔR/R0 – variação fraccional da resistência
σ – relação de Poisson
ΔL/L0 – variação fraccional do comprimento
Δρ / ρ– variação fraccional da resistividade
O calibre, fornecido pelos fabricantes para cada modelo de extensómetro, tipicamente encontra-se entre 2 e 4, nos casos dos mais comuns modelos em lâmina metálica, com resistência nominal de 120 ohms, 350 ohms e 1k. Assim, se um extensómetro de 350 ohms com um calibre de 2.0 for esticado em 1%, então a sua resistência variará 2%, ou seja, 0.57 ohms.
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