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Biosphere – “Patashnik”

Pop Rock

5 de Julho de 1995
álbuns poprock
curtas

BIOSPHERE
Patashnik

Apollo, distri. Megamúsica


bio

A “ambient” tem à partida uma finalidade que é descontrair. Os Biosphere escondem algo na manga e infiltram o género com factores de perturbação. “Phantasm” é um pesadelo que está longe de ser só infantil e as interferências extraterrestres nem sempre têm efeitos benéficos. A sessão de “valium techno” termina com “En-trance”, guitarra acústica em estado de hipnose sobre uma cortina de sonhos electrónicos capazes de pôr a cabeça acima das nuvens. (7)



Biosphere – “Shenzhou”

14.06.2002

Biosphere
Shenzhou
Touch, distri. Matéria Prima
8/10

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Na capa: as águas calmas e escuras de um lago profundo sobre as quais se reflecte o azul do céu no crepúsculo. As ondulações da água são mínimas, quase subliminares. É assim a música de “Shenzou”, o mais recente trabalho do norueguês Geir Jenssen, o inventor do “chill out” que aos poucos construiu o seu castelo no alto de um icebergue que chega às estrelas. “Shenzou” é música sedativa no bom sentido. Faz adormecer e sonhar. Com lugares distantes, amplos e desérticos.. Do anterior “Cirque” para a presente meditação zen, as batidas desceram o centro de gravidade, pulsando num espectro de ondas de baixa frequência delta que atiram o cérebro para estados profundos de relaxamento. A partir daí, é só escolher o roteiro de viagem. O efeito geral é semelhante ao de um álbum que, de forma quase secreta, fez escola na “chill out” de contornos mais esotéricos – “Pop”, dos Gas. Só que, ao contrário desta, a música de Geir Jenssen é atravessada por uma imensa paz.

Biosphere – Substrata 2

14.12.2001
Biosphere
Substrata 2
2xCD Touch, distri. Matéria Prima

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“Substrata 2” junta a versão remasterizada de “Substrata”, editado originalmente em 1997, com a banda sonora completa de “Man With the Movie Camera”, filme mudo realizado em 1929 pelo russo Dziga Vertov. Mais dois temas incluídos na versão japonesa de “Substrata”. Depois da desilusão que constituiu a recente aparição ao vivo de Geir Jenssen no Porto, vale a pena regressar ao convívio com uma música que penetra e se dissemina no inconsciente como um vírus alienígena. Com a melhoria de som, o filme interior de “Substrata” adquiriu uma riqueza de detalhe de superior qualidade. Dos baixos vulcânicos aos agudos estelares, icebergs desfilam lentamente. Macroformas de gelo, nuvens e noite que em “Cirque”, álbum do ano passado, assentariam numa cultura de microrganismos vivos. “Man with the Movie Camera” move-se noutro lugar. Electrónica de louvor a divindades pagãs, como a dos SPK, When e Lustmord, samplagens de lagos, florestas e monstros, vozes sem rosto, liturgias de escuridão, numa fabulosa construção multidimensional que é também uma das obras maiores do compositor norueguês.