Biosphere – Substrata

04.06.1997
Biosphere
Substrata
ALL SAINTS, DISTRI. MVM

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Com “En Trance”, faixa do álbum anterior dos Biosphere, “Patashnik”, Geir Jenssen, antigo elemento do grupo norueguês Bel Canto, assinou um dos paradigmas do “Ambient techno”. Um pequeno “sample” de guitarra acústica (ou uma guitarra real?) processado em repetição infinita conseguiu ser mais eficiente do que toda a maquinaria pesada a levar o cérebro aos confins da realidade cósmico-virtual. O novo álbum, gravado em cas de Geir, no interior da Noruega, em pleno Círculo Polar Ártico, sai na mesma editora dos irmãos Eno e acentua o lado mais atmosférico da música dos Biosphere, pondo de parte quaisquer intrusões rítmicas. Fazendo jus ao local de gravação, é uma música fria e distante que evoca enormes extensões de branco contra o azul cortante do céu, como que congelando as emoções no plano fixo de um ecrã. Nada macula esta passagem de sons electrónicos sem alma pelo éter. “Substrata” é um posto deobservação localizado a grande altitude, por onde não passam as paixões humanas. Interferências ocasionais de vozes longínquas, À deriva numa emissão de rádio fantasma, dão a ilusão de poder existir neste “iceberg” uma espécie de vida surreal. Um cacau quente, por favor! (7)

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