Traffic – “Far From Home”

Pop Rock

18 de Maio de 1994
ÁLBUNS POPROCK

Traffic
Far From Home

Virgin, distri. EMI – VC


traffic

Aqui há uns anos, num álbum chamado “Escape From Noise”, os Negativland usavam, como letra de um dos temas, uma lista do lixo que se amontoa regularmente nos tops de venda norte-americanos: Pink Floyd: Huey Lewis, Fleetwood Mac, Phil Collins, por aí fora. O enunciado obsessivo da lista era acompanhado de gritos periódicos: “Is there any escape from noise?” Este novo álbum dos velhos Traffic podia perfeitamente fazer parte dessa lista. É difícl imaginar que se trata da mesma banda que gravou, nos anos 70, coisas tão interessantes como “Mr. Fantasy”, “John Barleycorn must Die” e “The Low Spark of High Heeled Boys”. Dos Traffic dessa época, restam o seu líder de sempre, Steve Winwood, e Jim Capaldi, mais uns convidados, entre os quais figura o de momento muito requisitado Davy Spillane, nas “uillean pipes”. “Far from Home” não tem por onde se lhe pegue. É um amontoado de notas preguiçosas a quererem fazer as vezes da “canções”, de uma vulgaridade assustadora. Spillane assina o “cliché”, muito em voga, dos celtas irlandeses, em “Holy ground” e, no tema final – “Mozambique” –, os Traffic entretêm-se a imitar os Santana de “Oye como va”. O resto é, por assim dizer, o tal lixo sonoro de que falavam os Negativland. Para não dizer coisa pior. (1)



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