27.04.2001
Xosé Manuel Budino
Arredor
Yerba Buena, distri. EMI-VC
7/10
Depois de Carlos Nunez se ter vendido a um “Mayo Longo” de divisas, e de Cristina Pato, no novo “Xilento”, ter borrado a música com tintas mais berrantes que as do verde do seu cabelo, é a vez de Xosé Manuel Budino – cuja estreia a solo, “Paralaia”, causara óptima impressão – deixar crescer a trunfa e a lista de convidados (Donald Shaw, Jacky Molard, José Clement, Leilia, Mercedes Péon, Tony McManus, Ove Larsson, Paco Ibanez,…) emprestando o seu virtuosismo a uma música que, a pensar no mercado europeu, se entregou às mãos de uma produção muito pouco folk. Mesmo assim, o virtuosismo e “punch” de Budino enquadram-se de forma harmoniosa com as programações electrónicas e as batidas rock, chamando a atenção para o facto desta ser já uma “música de autor” (todas as composições são assinadas pelo próprio) de alguém que, por acaso, se formou na tradição.